http://surgiu.com.br
O PSDB começará a nova legislatura no Congresso Nacional mirando a criação de quatro comissões parlamentares de inquérito (CPIs). O foco serão Petrobras, setor elétrico, fundos de pensão e bancos públicos. Na avaliação de lideranças do PSDB e do presidente do partido, senador Aécio Neves, 2015 será um ano de dificuldades para o governo federal. Segundo Aécio, essas dificuldades se devem, em parte, à frustração gerada após tantas expectativas positivas apresentadas pela presidenta Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral.
"A cada dia que passa se comprova que nossos alertas [feitos durante a campanha eleitoral] eram os alertas corretos. A presidenta da República não permitiu que o Brasil debatesse, durante a campanha, medidas para a superação da crise. Vendeu um país da fantasia, do conto da carochinha, no qual o Brasil crescia com pleno emprego e não havia necessidade de qualquer ajuste. Hoje, o custo dos ajustes é muito mais alto pela irresponsabilidade do governo, que não tomou, no momento que deveria ter tomado, as providências necessárias para conter esses equívocos", disse hoje (30) o presidente do PSDB e ex-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), ao chegar à reunião da bancada do partido, no hotel Royal Tulip, em Brasília.
Opinião similar tem o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP). "Será um ano de grande confusão, tanto no âmbito político como no social para a presidenta Dilma Rousseff, que está cercada de más notícias", disse ele. Nunes defendeu a criação de CPIs no Congresso Nacional, "não para pressionar o governo federal, mas para colaborar com os órgãos que já estão investigando esses problemas”, disse ele, referindo-se ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao Tribunal de Contas da União. CPIs dão repercussão política, com pessoas falando para esclarecer fatos, acrescentou.