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A Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) de Salvador está investigando um suposto esquema de pirâmide que deixou um prejuízo milionário em ao menos 35 pessoas, só na capital baiana.
De acordo com reportagem do jornal CORREIO, o publicitário Warley da Silva Godoi, de 34 anos, natural de Minas Gerais, seria o responsável por atrair os investidores. Morando atualmente em Portugal com a família, o mineiro nega a existência de "pirâmide financeira" e afirma que o clientes sabiam que as atividades eram de alto risco.
A suspeita inicial é de que, apesar do relatório de Warley mostrar rendimento de 5% aos futuros investidores, há um ano o fundo estaria funcionando como uma pirâmide financeira. O investimento inicial de cada cliente foi de no mínimo R$ 100 mil. No entanto, as vítimas, concentradas na Bahia e Goiás, receberam um comunicado do publicitário informando a falência do fundo, orçado em R$ 70 milhões, dois meses depois da formação do grupo, em maio deste ano.
Segundo o delegado José Bezerra, as primeiras pessoas já estão sendo ouvidas. No entanto, na reportagem não foi informado o número total de vítimas. Finalizado o inquérito, o delegado remeterá o caso ao Ministério Público da Bahia (MP).
Uma das vítimas aplicou quase todo seu patrimônio, R$ 300 mil, no fundo. "De início eu achei que fosse golpe. Mas dava certo para todo mundo. Um amigo meu tirava R$ 30 mil. E outra, pirâmide financeira acaba rápido, o fundo existia há um tempo, tinha gente que entendia muito de investimento participando”, conta o investidor.
Outro cliente de Warley teve que sair do apartamento alugado e vender o carro depois que descobriu que o fundo tinha quebrado. "Ele destruiu a vida de muita gente", lamenta.