O Antagonista
Em entrevista ao Correio Braziliense, a ministra Damares Alves foi questionada sobre “aquele episódio da calcinha”.
Ela respondeu assim:
“Eu vou ficar na história como a ministra do azul e rosa, a ministra do pé de goiaba, a ministra das calcinhas. Fizeram de propósito. Na verdade, precisa desqualificar um pouco a ministra para dizer que esse ministério não vai dar certo.
A minha preocupação é que muita gente entra nessa onda e não sabe que está sendo usado, inclusive, por pedófilos, está sendo usado por quem não quer que acabe a violência sexual contra crianças.
É bom a gente lembrar que tem crime organizado na pedofilia. É o terceiro maior ilícito em dinheiro. Nós temos imagem de abuso de criança que são comercializadas a R$ 50 mil no mercado, estupros de bebês, tem vídeos que podem custar R$ 50 mil. Então: vieram me justificar o abuso de crianças na Ilha de Marajó (no Pará).
Abuso não se justifica, não se minimiza, não se explica e não se relativiza. Não vem dizer que é cultural. Aí, uma pessoa da Justiça sentou comigo e disse: ‘Tem um estudo que fizemos que indica que uma das coisas que pode estar atiçando esse desejo absurdo pelas meninas é que elas não usam calcinhas, elas são muito pobrezinhas lá.