Por Gabriela Coelho
Apontado em relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) como tendo movimentado em um ano R$ 1,3 milhão, valor considerado incompatível com sua renda, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), afirma que é apenas “um cara de negócios”.
“Eu faço dinheiro, compro, revendo, sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora. Essa movimentação financeira veio de revenda de carros”, disse nesta quarta-feira (26/12) à jornalista Débora Bergamasco, do Jornal do SBT.
Queiroz foi convocado pela Justiça para prestar depoimento duas vezes, mas não compareceu.
Na entrevista ao SBT, a primeira após a divulgação das movimentações financeiras atípicas, ele disse que tem uma renda mensal de R$ 23 mil. “Ganhava R$ 10 mil no gabinete com mais R$ 10 mil da PM. Essas movimentações são negócios antigos e a origem deste dinheiro só vai ser detalhada ao MP”, afirma o policial militar aposentado.
O advogado de Queiroz, Paulo Klein, diz que as denúncias não fazem sentido. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro também negou que tenha repassado parte do salário ao senador. “Lá não se fala em dinheiro. Toda hora bate alguém no gabinete e é proibido falar. Acho é uma covardia rotular isso ao senador, não sou laranja, sou trabalhador.”
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