Morreu na manhã desta quinta-feira, 26, por volta das 6h30, o humorista Jorge Loredo, o "Zé Bonitinho". O comediante, de 89 anos, estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, desde 3 de fevereiro em estado grave. O motivo da internação e a causa da morte ainda não foi divulgado a pedido da família. Apesar da idade, Jorge Loredo continuava trabalhando até dois anos atrás. Seu personagem mais famoso, o "Zé Bonitinho", foi criado há 55 anos. O humorista costuma dizer que a inspiração para a criação do galã que se rotulava "o perigote das mulheres" veio de amigo que era metido a conquistador. Loredo costumava imitá-lo em festas e reuniões de amigos, e sempre arrancava gargalhadas. Com um topete esculpido com gel, bigode delgado, sobrancelhas grossas e arqueadas, olhar de conquistador, roupas extravagantes e uma voz sedutora, O zé Bonitinho conquistou as plateias da televisão brasileira. Sempre que entrava em cena ele ajeitava a cabeleira com um pente enorme e recitava um dos seus famosos bordões, como: "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz...!". Outro que também não podia faltar era: "O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso".
Zé Bonitinho estreou profissionalmente no programa "Noites Cariocas", exibido pela extinta TV Rio nos anos 60. Nas telinhas, Loredo também participou do programa "Praça da Alegria", nos anos 1970, com Chico Anysio, Moacyr Franco e Ronald Golias. O personagem era uma das estrela do humorístico "A Praça É Nossa", no SBT, que ficou no ar até o ano 2000. Tempos depois a atração voltou para a programação da emissora de Silvio Santos. O ator também fez trabalhos no cinema nacional e no teatro. Em 2003, atuou na peça infantil "Eu e meu guarda-chuva". Dois anos depois a diretora Susanna Lira lançou o documentário "Câmera, close!", uma biografia do ator. Loredo também participou do curta-metragem "Quando o Tempo Cair" (2006) e dos longas "Chega de Saudade" (2008) e "A Suprema Felicidade" (2010).