Bebeto - Ex-atacante do Flamengo, Vasco e Seleção Brasileira
por Rogério Micheletti
Um dos maiores atacantes brasileiros nos anos 80 e 90, José Roberto Gama de Oliveira, o Bebeto, hoje mora no Rio de Janeiro (RJ) e trabalha como empresário.
Em 2010, o ex-atacante da seleção disputou as eleições para deputado estadual pelo PTB-RJ, e com cerca de 28 mil votos conseguiu se eleger.
Foi reeleito em 2014, recebendo um total de 61.082 votos.
Depois que encerrou a carreira, Bebeto publicou o livro: "Você também pode ser feliz". Nele, o jogador conta um pouco da sua infância e sua história no futebol.
Nascido em Salvador (BA), dia 16 de fevereiro de 1964, Bebeto começou a carreira nos infantis do Vitória (BA). Chegou a ser profissionalizado pelo rubro-negro da Boa Terra em 1983, mas no ano seguinte já vestia a camisa do Flamengo.
Antes de Bebeto chegar à Gávea, Nilton Gama, seu irmão mais velho, jogava pelo Flamengo quando morreu no mesmo acidente aéreo que vitimou outro jogador do rubro-negro, o zagueiro Figueiredo, em 20 de dezembro de 1984.
No começo de trabalho na Gávea, Bebeto era apontado como sucessor ideal de Zico, que tinha deixado o Flamengo para defender a Udinese, da Itália. Aos poucos, o franzino jogador mostrava que tinha talento e poderia também fazer sucesso na equipe rubro-negra. Bebeto, na verdade, não era um meia autêntico como o Galinho, mas um atacante hábil e que também sabia fazer gols.
Pelo Flamengo, Bebeto foi campeão carioca de 1986 e campeão da Copa União de 1987. Depois de brilhar quatro anos no time de maior torcida do país, Bebeto decidiu mudar de ares. E a saída da Gávea foi bastante polêmica. O atacante trocou o Flamengo pelo Vasco, em 1989.
Logo em seu primeiro ano em São Januário, Bebeto foi peça fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 1989. O time cruz-maltino, que tinha ainda Acácio, Luís Carlos Winck, Marco Aurélio, Célio Silva, Quiñonez, Mazinho, Zé do Carmo, Boiadeiro, Bismarck, William, Sorato, entre outros, bateu o São Paulo na final.
Como não estava na melhor forma física, Bebeto ficou apenas na reserva da seleção brasileira de 1990 na Copa da Itália. A dupla de ataque titular do time comandado por Sebastião Lazaroni foi Careca (então do Napoli) e Muller (jogava no Torino).
Em 1992, Bebeto deixou o Vasco da Gama para defender o Deportivo La Coruña, da Espanha. Viveu um bom momento no futebol espanhol, embora sua equipe não fosse considerada uma grande força do país. Barcelona, Real Madrid e Atlético Madrid eram os mais badalados.
Em 1994, Bebeto teve finalmente a chance de disputar para valer uma Copa do Mundo. Ao lado de Romário, formou uma dupla de ataque que entrou para a história. Com os dois afinados, o Brasil comemorou o tetracampeonato nos Estados Unidos. Na final, o Brasil derrotou a Itália nos pênaltis, depois de ter empatado por 0 a 0 no tempo normal e prorrogação.
O curioso é que Bebeto cobraria o quinto pênalti brasileiro naquela decisão, mas não foi necessário porque o italiano Roberto Baggio jogou para fora as chances da Azzurra.
Pouco tempo depois de conquistar a Copa do Rei da Espanha pelo Deportivo La Coruña, em 1995, Bebeto retornou ao futebol brasileiro. Foi mais uma vez defender o Flamengo, que no ano anterior tinha investido muito na formação de um grande ataque no papel (Edmundo, Romário e Sávio) e que não tinha dado certo na prática.
No Flamengo, Bebeto não conseguiu emplacar como em sua primeira passagem pela Gávea. Deixou o clube ainda no mesmo ano e retornou ao futebol espanhol, onde foi defender o Sevilla. Em 97, já estava de volta ao Brasil, desta vez para defender outro ex-clube: o Vitória.