Um menino de 11 anos passou quase um mês com uma barata no ouvido direito, mesmo depois de procurar ajuda médica, afirma a família. Segundo a mãe da criança, a fiscal de caixa de supermercado Aline Dutra, de 28 anos, o pesadelo começou no dia 12 de dezembro, na casa da família em Itaipu, Região Oceânica de Niterói.
- Era 1h da madrugada quando ele deitou. Não demorou muito e ele começou a gritar que tinha um bicho no ouvido. Ele estava muito nervoso, gritava e tremia em choque - conta Aline, que levou o filho à Unidade de Emergência Mario Monteiro, a cerca de três quilômetros de casa, de ônibus.
Depois de examinar o menino, a médica de plantão na unidade minimizou o problema. Ela disse que não havia nada além de inflamação e que o incômodo poderia ser cera de ouvido.
- Saí de lá com ele reclamando e uma receita de remédio para pingar no ouvido. Acho que as gotas mataram a barata. O ouvido até sangrou, mas no dia seguinte ele estava melhor e não levei ao otorrino. A médica disse para levá-lo se a dor continuasse depois de três dias - conta Aline.
Durante quase um mês, o menino conviveu com um pouco de incômodo no ouvido, além de dificuldade de audição. Somente na última segunda-feira, o inseto foi removido, pelo pai da criança, Angelo Marcio, de 32 anos:
- Eu percebi que o ouvido dele não estava bom ainda. Como a médica disse que poderia ser cera, peguei ele para limpar com cotonete. Quando comecei, ele reclamou e eu senti que havia mesmo algo lá dentro. Eu o coloquei deitado na cama, abri o ouvido como pude e vi uma coisa estranha. Tirei a barata com uma pinça. Não acreditei na hora - explicou Angelo.
O pai registrou a remoção em fotos com o celular e ficou indignado com o fato de uma médica não ter visto uma barata ainda viva dentro do ouvido de uma criança. Apesar disso, a mãe do menino afirma que não pretende processar a profissional e nem o hospital, que é municipal.
- Eu só não queria que a história fosse esquecida. O meu filho tem 11 anos e está bem, mas se fosse uma criança menor o problema poderia ser mais complicado. Dar um diagnóstico errado e falar que uma barata viva é cera é irresponsabilidade - decretou.
A Prefeitura de Niterói, responsável pela Unidade de Emergência Mario Monteiro, ainda não se pronunciou sobre o assunto. Fonte: Com informações do Extra Online
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