Do UOL, em São Paulo/Alexander Klein/AFP
Foto de 2011 mostra o diretor da revista, Stephanie Charbonnier, conhecido como Charb, morto no atentado
Medidas de segurança foram reforçadas em países europeus, com atenção especial a locais de redações jornalísticas, depois que um ataque terrorista matou 12 pessoas na sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, nesta quarta-feira (7). A França elevou seu alerta de segurança para o nível máximo.
O governo alemão reforçou "parcialmente" as medidas de segurança, embora não existam "indícios concretos" que apontem para um risco de atentado, informou ministro do Interior, Thomas de Maizière.
O ministro condenou o ataque contra a publicação satírica e ressaltou a necessidade de distinguir com clareza o terrorismo islamita e o Islã perante o auge na Alemanha da islamofobia. O movimento anti-Islã Pegida considerou que o atentado "reforça os motivos" pelos quais milhares de pessoas estão protestando nas ruas de Dresden.
"O extremismo islamita e o terrorismo islamita é algo totalmente diferente do Islã. E essa distinção, especialmente hoje, é urgente", afirmou Maizière.
Na Itália, fontes das forças de segurança de Roma informaram que aumentaram o nível de segurança em locais que poderiam ser alvos de ataque, com uma "particular atenção" nas redações jornalísticas.
Já na Dinamarca, o jornal Jyllands-Posten, que publicou charges de Maomé, informou ter tomado "medidas adicionais" para proteger seus funcionários, sem fornecer mais detalhes, segundo documento publicado por outro meio de comunicação, Berlingske.
"A vigilância e o nível de segurança dentro e ao redor de nosso escritório em Copenhague e Viby (sede do jornal) foram aumentados", explicou o texto.
O Jyllands-Posten provocou polêmica ao publicar 12 charges do profeta do Islã em setembro de 2005, o que provocou manifestações violentas em vários países muçulmanos. Estes desenhos foram reproduzidos pela Charlie Hebdo meses mais tarde.
A Espanha elevou o nível de alerta antiterrorista com um aumento da vigilância das infraestruturas críticas e mais presença policial nas ruas.
O ministro espanhol do Interior, Jorge Fernández Díaz, informou sobre esta decisão, que elevou de 2 para 3 o nível de alerta, após uma reunião com representantes dos corpos da luta antiterrorista no país. O alerta terrorista na Espanha é definido em cinco níveis crescentes, cada um deles com a possibilidade de intensidade alta ou baixa. (Com agências)
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