Segundo Keith Kellog, o firmamento do acordo depende da resolução de apenas duas questões consideradas importantes para Moscou e Kiev
Fotomontagem: White House Archived; Reprodução/Facebook

Segundo Kellog, o firmamento do acordo depende da resolução de apenas duas questões consideradas importantes para Moscou e Kiev. São elas: O futuro de Donbas, a bacia hidrográfica do Rio Donets, localizada na fronteira entre Rússia e Ucrânia e considerada como extremamente valiosa pelos dois países devido a suas riquezas minerais e industriais, e o futuro da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, que está sob controle russo.
“Se conseguirmos resolver essas duas questões, acho que o restante das coisas funcionará muito bem”, disse Kellogg, na Biblioteca e Museu Presidencial Ronald Reagan, em Simi Valley, Califórnia. “Estamos quase lá”.
Kellogg, que deve deixar o cargo em janeiro, disse ao Fórum de Defesa Nacional Reagan que os esforços para resolver o conflito estavam nos ‘últimos 10 metros’, que, segundo ele, sempre foram os mais difíceis. “Estamos muito, muito perto”, diz Kellogg
Apesar do otimismo do enviado americano, o Kremlin mantém o posicionamento de que serão necessárias mudanças “radicais” em algumas das propostas dos EUA. Na última semana, o presidente russo Vladimir Putin se reuniu com o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o genro de Trump, Jared Kushner por cerca de quatro horas.
Após o fim do encontro, o principal assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, disse que foram discutidos “problemas territoriais”. É assim que Moscou costuma a se referir a suas reinvindicações no Donbas, questão rejeitada por quase toda a comunidade internacional, que reconhece a legitimidade do domínio ucraniano sobre a região.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que a entrega do restante de Donetsk seria ilegal sem um referendo e daria à Rússia uma plataforma para lançar ataques mais profundos na Ucrânia no futuro.
Zelensky também se reuniu com Witkoff e Kushner, por ligação telefônica, e afirmou no sábado (6) que seu diálogo foi “longo e substancial”.
As movimentações americanas no leste europeu marcam mais um capitulo da iniciativa de Trump para dar fim aos principais conflitos militares dos últimos anos. Em sua campanha presidencial de 2024, o republicano prometeu encerrar as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Recentemente, o presidente americano afirmou que deseja ser lembrado como um presidente “pacificador”. Após ter tido sucesso em negociar o cessar-fogo entre Israel e o grupo palestino Hamas, Trump tem pleiteado a conquista de um Nobel da Paz, e foi condecorado na última sexta-feira (5), durante o sorteio da Fase de Grupos da Copa do Mundo de 2026, que ocorrerá nos EUA, com um prêmio da Paz criado pela FIFA.
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