Homem dizia à enteada que estupro era para “libertar mãe de feitiço”
Um homem foi condenado a 54 anos de prisão e pagamento de R$ 100 mil de indenização por estuprar e abusar sexualmente de sua enteada, em Iguape, no litoral de São Paulo. Os crimes começaram quando a menina tinha 12 anos de idade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o padrasto mantinha controle sobre quase todos os aspectos da vida da vítima, incluindo suas amizades, os contatos que poderia ter, as músicas que podia ouvir e o uso de seu aparelho celular.
Além disso, o homem criou um “personagem” para conversar com a menina, dizendo a ela que, para livrar sua mãe de uma espécie de “feitiço”, a vítima deveria manter relações sexuais com o padrasto até completar 18 anos, segundo o MP. A garota não suspeitava que o homem se passava por outra pessoa para manipulá-la.
Depois que a menina chegou à maioridade, os abusos continuaram, sob ameaças de que a mãe “poderia morrer” caso negasse as relações, diz a denúncia.
“Em suma, não há dúvidas de que o réu, sob a falsa identidade, se apresentava como guia espiritual para o núcleo familiar composto por ele, a vítima e sua genitora, a fim de manipular ambas e de praticar os crimes que lhe são imputados. Assim, há firme e segura demonstração da responsabilidade do réu pela conjunção carnal e atos libidinosos praticados com a vítima”, afirmou o juiz Bruno Terra, em sentença publicada na última sexta-feira (2/8). Fonte: Metrópoles
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