Empresa já apresenta prejuízo liquido anual de R$ 163 milhões
Foto: Reprodução/ Google Street View
A rede espanhola de supermercados Dia anunciou nesta sexta-feira (31) que fechou um acordo para a venda de 100% do capital da empresa no Brasil. Segundo matéria do g1, a operação será vendida para a gestora MAM Asset Managment, do Banco Master, e resultará no desinvestimento total por parte do grupo no país, permitindo que a empresa possa “focar em seus mercados mais rentáveis”.
“O Grupo Dia se compromete perante a MAM Asset Management a realizar um aporte em benefício do Dia Brasil no valor de 39 milhões de euros (mais de R$ 220 milhões)”, disse a companhia, em nota oficial.
Segundo a companhia espanhola, o pedido – que é válido apenas para a operação no Brasil – tem como objetivo “tentar superar sua atual situação econômica e financeira”, em meio a um período de dificuldades da rede no mercado brasileiro. A conclusão da operação ainda depende da autorização das entidades financeiras e sindicato dos bancos responsáveis pela aprovação do negócio.
“Diante dos persistentes resultados negativos registrados no país, a companhia decidiu proceder com o fechamento de 343 lojas e 3 Centros de Distribuição, para tentar dar maior estabilidade ao seu funcionamento enquanto se aguarda a definição de novas decisões estratégicas, como a anunciada hoje”, destaca o Dia, em nota.
A empresa já vinha apresentando persistentes resultados negativos e já havia anunciado, uma semana atrás o fechamento de 343 lojas no país alegando “baixo desempenho”. Os balanços corporativos da companhia mostram que, em fevereiro, tinha um prejuízo líquido anual de 30 milhões de euros, cerca de R$ 163 milhões. Em todo o ano de 2022, o prejuízo foi ainda maior, de 124 milhões de euros, ou mais de R$ 673 milhões. A empresa afirma que foram esses resultados que desencadearam o pedido de recuperação judicial, “como potencial para gerar mais estabilidade do Dia Brasil” e buscando preservar o funcionamento de sua atividade econômica e o cumprimento de seus compromissos financeiros.
A empresa espanhola chegou ao Brasil há 23 anos, em 2001, e afirma que fez “grandes investimentos e esforços no país, sem que tenha obtido o retorno esperado”.
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