Durante o segundo ano de seu mandato, Bolsonaro chegou a dizer em uma reunião ministerial que seu sistema próprio de inteligência funcionava
Foto: Reprodução/Instagram
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a negar ter recebido informações de inteligência de órgãos de Estado, ao falar sobre a operação da Polícia Federal contra seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos). Ele nega todas as acusações e afirma que as investigações sobre uma suposta “Abin Paralela” não têm nada para encontrar.
“A minha inteligência nunca foi a Abin [Agência Brasileira de Informação], Polícia Federal, Exército Brasileiro, Marinha ou Aeronáutica. Você não tem informações de lá, sonegam informações para você”, disse ele, em vídeo publicado nas redes sociais de aliados.
O ex-presidente afirmou ainda, nesta terça, citando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação contra seu filho, que as investigações sobre uma suposta “Abin paralela” não vão encontrar nada. “Se a Polícia Federal e se o senhor Alexandre de Moraes quiserem investigar a questão da Abin paralela, é um direito deles. Não é que não vão achar nada, não tem nada”, disse.
Carlos Bolsonaro foi alvo, nesta segunda-feira (29), de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que mira monitoramentos ilegais da Abin durante a gestão de Bolsonaro. Nessa ação, a PF mirou pessoas que teriam sido destinatárias das informações produzidas de forma ilegal pela agência de inteligência.
Durante o segundo ano de seu mandato, Bolsonaro chegou a dizer em uma reunião ministerial que seu sistema próprio de inteligência funcionava. Na ocasião, afirmou: “O meu particular funciona. Os outros que têm oficialmente desinformam. E voltando ao tema: Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho”.
Bolsonaro continua na casa de Angra, em Mambucaba, que foi alvo de buscas pela PF e na qual ele e os filhos fizeram uma transmissão ao vivo na noite de domingo, véspera da operação.
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