Em entrevista ao bahia.ba a sexóloga Mayara Magalhães explicou acerca do assunto que ainda é tabu entre muitas pessoas
Vitor Silva * Foto: Reprodução/Redes Sociais
Realizar e falar sobre sexo anal ainda é um tabu entre muitas pessoas, mas ainda assim, a prática está entre as preferidas dos homens que encaram o ato até mesmo como fetiche. Mas o que faz com que eles gostem tanto? Existe algum mistério por traz? Em entrevista ao bahia.ba a sexóloga Mayara Magalhães falou acerca dessa vontade.
“Acredito que tem uma coisa do infringir regras, porque ainda é tabu na sociedade, para algumas religiões, famílias, pessoas, por isso, é mais difícil de ser conquistado, então o homem busca mais, eles gostam dessa questão do desafio e do prazer. Não deixa de ser uma atividade prazerosa tanto para quem está penetrando, quanto para quem está recebendo a penetração, se for consentido e a pessoas estiver com vontade de fazer aquilo”, explicou.
“Já ouvi relatos de homem que dizem que desejam ter a parceria de forma completa, por exemplo, uma relação heterossexual, esse cara faz sexo oral, vagina, masturbação, faz tudo, então ele quer tudo, como se a pessoa fosse cem por cento disponível para ele”, complementou a profissional.
Por tanta insistência, muitas vezes as mulheres acabam cedendo mesmo sem ter vontade, a sexóloga pontuou que o ato deve ser prazeroso para ambos. “Tem que partir do desejo dos dois, porque existe muito sexo anal de presente no Dias dos Namorados, presente de aniversário, de casamento ou porque a pessoa está merecendo, que é feito para apenas agradar o parceiro, e aí já é mais complicado porque não pode ser prazeroso para a pessoa que está cedendo por um motivo específico.”
Mayara ainda alertou sobre os riscos de infecções que podem ser transmitidas pelo ato e deu dicas de prevenção para que a experiência além de prazerosa, também seja saudável.
“Sexo anal exige mais cuidado do que o sexo vaginal porque tem a questão de preservativo. Existem mais riscos de passar infecções. É preciso ter lubrificação, já que o ânus não é um local lubrificado como a vagina. A pessoa precisa estar relaxa para não travar e nem sentir dor. É interessante que a pessoa que está sendo penetrada fique no controle e que as posições sejam escolhidas com cuidado, porque as vezes o parceiro já quer partir para uma posição onde a penetração possa ser mais profunda e incomodativa”, advertiu ela.
A sexóloga ainda comentou acerca dos riscos do parceiro buscar sexo anal fora do relacionamento, caso a parceira não se sinta pronta para praticar o ato. “Isso fala mais sobre o caráter da pessoa, o desejo dela, do que ‘não tenho em casa e vou buscar fora’. Vai ter gente que vai procurar fora mesmo tento em casa e vai ter gente que não tem em casa e não vai procurar fora. Fala mais sobre a cumplicidade desse casal, do respeito um ao outro e o respeito ao acordo desse relacionamento.”
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