A Anvisa aprovou a venda do Mounjaro, a tirzepatida, remédio para Diabetes que também usado para emagrecer
Foto: Tesa Robbins / Pixabay
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, autorizou a comercialização de um novo tratamento contra Diabetes tipo 2 que ajuda a perder peso. É que ele tem efeitos de hormônios intestinais que atuam na sensação de saciedade e ativam o metabolismo. Por Renata Giraldi / SNB
Com o nome comercial de Mounjaro, a tirzepatida é uma medicação injetável, aplicada uma vez por semana, com ação nos receptores de dois hormônios produzidos naturalmente no organismo.
Os receptores GLP-1 (peptídeo do tipo glucagon 1) e GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) atuam no controle do nível glicêmico do sangue e na sensação de saciedade.
Outras finalidades
A bula do Mounjaro, a tirzepatida, é clara: a indicação é para o tratamento do Diabetes tipo 2, não para perda de peso.
Porém, passou a ser usado de forma off-label cuja finalidade é diferente da indicada porque faz parte do chamado grupo de “canetas emagrecedoras” no Brasil.
No ano passado, o antidiabético Ozempic, da Novo Nordisk, viralizou após comprovação que ajudava no tratamento de combate à obesidade.
Recentemente foi aprovado pela Anvisa também o Wegovy, medicamento semelhante, mas com indicação contra obesidade. Ainda não está no mercado.
Como funciona
O recém-aprovado Mounjaro, a tirzepatida, e os outros dois medicamentos têm efeitos de hormônios intestinais que atuam na sensação de saciedade e no metabolismo do corpo humano.
Com a tirzepatida associada a à dieta e aos exercícios físicos, a expectativa é melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes mellitus tipo 2 (T2DM).
De acordo com a Anvisa, o diabetes é um problema de saúde global que afeta aproximadamente 463 milhões de adultos, que têm de 20 a 79 anos, no mundo.
O diabetes mellitus tipo 2 é uma das principais causas de insuficiência renal, cegueira e amputação.
Infelizmente os especialistas têm um prognóstico negativo sobre a doença.
A estimativa é que até 2030, 578,4 milhões de adultos, com 20 a 79 anos e, tenham a doença.
Até 2045, a projeção é que 700,2 milhões viverão com diabetes.
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