Entre 2009 e 2022 foram registradas oitenta e uma denúncias de funcionárias
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) questionou uma informação que foi passada pela Petrobras de que foram comprovados somente dez casos de assédio e importunação sexual entre as 81 denúncias de funcionárias da empresa feitas entre 2019 e 2022. De acordo com uma nota divulgada pela diretora da FNP, Natália Russo, é no mínimo estranho esse número apurado pela companhia.
Na manhã desta sexta-feira (14), o Grupo de Trabalho (GT) Diversidade da FNP informou que se reunirá com a diretoria de Recursos Humanos da estatal e cobrará esclarecimentos sobre investigações e providências contra gestores que teriam sido coniventes.
Através de nota, a Petrobras afirmou que cinco denúncias resultaram em demissão e que as demais confirmadas motivaram suspensões ou outras providências administrativas. Um caso continua sendo investigado pelo Grupo de Trabalho criado há dois meses para analisar processos e ações sobre a prevenção, detecção e correção de violências sexuais.
Ainda de acordo com Natália Russo, um dos fatores que pode estar dificultando as apurações é o tempo, já que muitos dos casos de assédio ocorreram há vários anos. Na reunião, os diretores da FNP vão solicitar um compromisso da Petrobras de permitir o acesso e a participação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) e do sindicato nos processos de apuração.
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