Foto: Bruno Concha / Secom PMS
Clínicas e empresas privadas poderão adquirir vacinas contra a Covid-19 sem a necessidade de doação ao SUS (Sistema Único de Saúde). Em maio, a AstraZeneca Brasil deve entregar as primeiras doses às clínicas privadas.
Antes da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) ser encerrada (relembre aqui), clínicas e empresas privadas já podiam adquirir os imunizantes contra a Covid, mas precisavam doar toda a aquisição ao SUS enquanto houvesse vacinação de grupos prioritários.
O presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacina (ABCVac), Geraldo Barbosa, disse que ainda não há contratos fechados, mas que as negociações com a AstraZeneca estão bem adiantadas. Ao jornal Folha de S. Paulo, Barbosa disse que “ainda não foi fechado o volume de doses, preços e quando exatamente as doses estarão disponíveis nas clínicas porque depende da compra de cada clínica”.
Por enquanto, somente a AstraZeneca negocia com o setor privado. Em nota, o laboratório afirmou que as primeiras doses devem ser entregues às instituições em maio, mas “a disponibilização ao público final fica a cargo de cada instituição". A Pfizer e a Janssen declararam que ainda não estão negociando com empresas privadas, e que o fornecimento, por ora, é exclusivamente para o governo federal.
Segundo Geraldo Barbosa, uma Medida Provisória estaria sendo preparada para regular a venda de vacinas no setor privado, mas a área jurídica do Ministério da Saúde considera que isso não é necessário.
O presidente da ABCVac também esclareceu quem seria o público alvo das clínicas particulares: colaboradores de empresas, pessoas que trabalham em local de risco e querem reforçar a dose. Todos terão que apresentar prescrição médica para receber o imunizante.
"Além de pessoas que futuramente possam não entrar na cobertura vacinal do SUS. Com a doença controlada a vacina deve ser como a da gripe, aplicada em grupos específicos", completou Barbosa.
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