por Francis Juliano/BN
Foto: Divulgação / PF
As investigações da Operação Saturação apontam que as compras por dispensa de licitação feitas pela prefeitura de Serrinha, na região sisaleira, superaram até o preço inflacionado do começo da pandemia.
Em coletiva de imprensa desta terça-feira (30), o superintendente da Controladoria Geral da União (CGU), Ronaldo Machado de Oliveira, afirmou que os valores "foram bem exorbitantes". Segundo Oliveira, em uma das aquisições de respiradores, enquanto o preço médio de importação saía por 7,5 mil a unidade, a prefeitura de Serrinha comprava por R$ 52,5 mil, um aumento de mais de 700%.
"Foram valores bem exorbitantes fora do preço cobrado naquele início de pandemia, considerando a majoração do preço da época", disse o superintendente da CGU.
No começo da manhã, agentes da CGU e da Polícia Federal (PF) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, sendo que sete deles em Serrinha (ver aqui). Não houve prisão nem mesmo condução coercitiva de suspeitos. A investigação teve início em novembro do ano passado quando um inquérito foi aberto. As dispensas de licitação ocorreram em março e abril de 2020.
Ainda de acordo com o levantamento da CGU, a prefeitura de Serrinha pagou mais de R$ 1 milhão em gastos com finalidade de prevenção e combate à Covid-19. A contratada era uma empresa sediada em Manaus, capital do Amazonas.
Além de respiradores, as licitações previam a compra de insumos e equipamentos médico-hospitalares, como monitores multiparamétricos, bombas de infusão e máscaras N95.
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