“A internet continua pública”, tranquiliza a casa de leilões Sotheby’s
Por Por Pedro Ivo de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Criado pelo britânico Tim Berners-Lee em 1989, o protocolo WWW (World Wide Web) foi o primeiro sistema a permitir a navegação entre arquivos e links em computadores através de uma rede de dados. © Marcello Casal JrAgência Brasil
Agora, 32 anos depois da invenção que tornou possível a internet moderna, a casa de leilões Sotheby’s e o próprio Tim Berners-Lee venderam como cripto-ativo uma representação do que seria o código-fonte do protocolo, ou seja, uma espécie de certificado digital de propriedade que usa a mesma lógica de criptomoedas como o Bitcoin e o Ethereum.
O arremate foi feito na última quarta-feira (30), pelo valor de £ 2,9 milhões - o equivalente à US$ 5,4 milhões. Com isso, o arrematante pode se considerar o único proprietário de uma versão autêntica do código original da internet.
Tim Berners-Lee em 1989, criador do protocolo WWW (World Wide Web) - Reuters/Vincent West/Direitos Reservados
“Através dos séculos, a humanidade viu uma sucessão de mudanças de paradigma que nos trouxe à era moderna. Nenhuma teve o impacto sísmico em nossas vidas diárias como a criação da rede mundial de computadores. A invenção de Sir Tim mudou tudo”, diz o texto de apresentação do leilão.
Internet privada?
Mas isso não significa que a internet passou a ter um proprietário, explica a Sotheby’s nos termos do leilão.
Segundo a empresa, o arremate equivale à compra de “um raro e significativo exemplar de livro, como a primeira edição manuscrita de A Origem das Espécies, de Charles Darwin. O advento de NFTs [tokens não-fungíveis, na sigla em inglês] tornou possível provar que arquivos digitais também podem ser originais”, informa. O comprador do ativo digital não significa qualquer mudança ou restrição no uso da internet ou dos protocolos que viabilizam a comunicação entre computadores. Mais em https://agenciabrasil.ebc.com.br
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