Na próxima fase, time canadense enfrentará o vencedor do confronto Holanda x EUA
O Globo**Foto: Sam Robles / CBF
Abrindo as quartas de final do torneio feminino da Olimpíada de Tóquio, Brasil e Canadá acabaram empatados em 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação em Miyagi. Em um jogo em que o Brasil demonstrou muita dificuldade de jogar diante de uma defesa bem postada, a decisão acabou indo para os pênaltis, com vitória canadense por 4 a 3.
Com o retrospecto recente, o Brasil era o favorito no confronto, mas a história da Rio-2016 acabou se repetindo, e a seleção foi novamente eliminada pelo Canadá. A goleira brasileira defendeu a primeira cobrança, mas Andressa Alves e Rafaelle perderam as últimas, dando a vaga da semifinal ao Canadá, que enfrenta o vencedor do confronto Holanda x EUA.
A técnica Pia Sundhage repetiu a mesma escalação que venceu a China e empatou com a Holanda na fase de grupos. Ela garantiu inclusive a titularidade de Bárbara, muito questionada pelo desempenho nas últimas partidas.
Terceira jogadora que mais vezes enfrentou a seleção brasileira na história, Christine Sinclair já foi adversária do Brasil em 19 jogos. Por ser uma das maiores artilheiras do futebol mundial e conhecer bem o time, ela era uma preocupação, mas dessa vez não ofereceu tanto perigo.
A principal arma da equipe canadense é o sistema defensivo. Marcando alto com duas linhas defensivas muito bem organizadas na frente da área, a equipe tentava atrapalhar a saída de bola do Brasil.
O primeiro tempo apresentou um jogo muito equilibrado, e a forte marcação canadense no meio de campo voltou a escancarar as dificuldades do Brasil na transição para o ataque. Jogar com a bola no chão foi ainda mais difícil com Marta pressionadas pela defesa e errando muitos passes.
A principal preocupação foi que a seleção brasileira não devolveu a marcação dura, deixando o Canadá jogar solto e permitindo muitas chegadas perigosas perto do gol de Bárbara.
A melhor chance na primeira etapa foi desperdiçada por Debinha aos 40 minutos. Ela aproveitou o erro da zagueira na entrada da área, mas demorou a concluir e chutou em cima da goleira. Como as seleções não aproveitaram as poucas chances que tiveram, e a partida foi para o intervalo em 0 a 0.
Na segunda etapa, o roteiro se repetiu, com o Canadá dificultando a saída de jogo do Brasil. As armadoras continuaram com problemas para encostar, deixando o ataque isolado na frente.
Pia apostou em Ludmila, no lugar de Bia, para abrir a marcação. Mas a goleiras e zagueiras canadenses chegaram bem em todos os lances em que a camisa 12 se destacou.
Com chegadas casuais de ambas as equipes, houve uma boa chance para cada lado, com Gilles cabeceando no travessão e novamente Debinha, arriscando de fora da área, para o Brasil. O volume de jogo aumentou após as mexidas, mas o último passe não entrou.
O Canadá ainda colocou pressão nos últimos minutos antes da prorrogação, e o Brasil iniciou um teste árduo para a parte física das jogadoras.
Apesar de se destacar tecnicamente, o cansaço começou a bater para o Brasil. Com muitas mexidas na prorrogação e sangue novo em campo, o Canadá assustou sempre que chegou próximo à área. A seleção ainda pressionou no final, mas não conseguiu evitar a decisão nos pênaltis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário