Ministro alertou, porém, para dificuldades que devem ocorrer em julho e agosto na produção dos imunizantes
Metrópoles*Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta terça-feira (8), que a pasta prevê a entrega de 40 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 neste mês. Ele alertou, porém, para potenciais dificuldades que devem ocorrer em julho e agosto na produção dos imunizantes.
Segundo Queiroga, o Brasil deve enfrentar redução na produção de unidades nos próximos meses e o Ministério da Saúde trabalha com alternativas para mitigar os impactos e evitar atrasos nas entregas de doses.
“Nós vamos ter alguma dificuldade em julho e agosto, mas o Ministério da Saúde tem acerto com a AstraZeneca para fornecer IFA [ingrediente farmacêutico ativo] até que a Fiocruz possa produzir vacinas suficientes com IFA nacional”, explicou.
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reiterou ao depoente que para o país alcançar a meta compromissada por Queiroga, de imunizar toda a população vacinável até o fim de 2021, seria necessário vacinar, em média, 2,5 milhões de brasileiros por dia.
Na avaliação do titular da Saúde, a meta deve ser atingida dentro do prazo proposto. “A OMS previu se atingir essa meta de 10% da população mundial em outubro. A meta nossa é vacinar até o fim do ano a população acima de 18 anos. Dezembro teremos condições de vacinar a população brasileira com as doses que já estão contratadas”, disse, ressaltando que “esse é o objetivo desde que haja doses suficientes”.
Ainda de acordo com o ministro, o Programa Nacional de Imunização tem capacidade de aplicação de 2,5 milhões de doses por dia e conta, para isso, com 38 mil salas de vacinação em todo país.
Queiroga presta, nesta manhã, o segundo depoimento ao colegiado. Ele retorna após a primeira oitiva ter sido avaliada pelos senadores como “pouco esclarecedora”. Na ocasião, o ministro tinha pouco tempo de cargo e focou o discurso em promessas e compromissos.
A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.
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