Salles já é alvo de um inquérito no Supremo, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, sobre suspeita de facilitação a exportação ilegal de madeira.
Foto: Carolina Antunes/ PR
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu nesta segunda-feira (31) a abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sob a suspeita dos crimes de advocacia administrativa, dificultar a fiscalização ambiental e embaraçar a investigação de infração que envolva organização criminosa.
Assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, o pedido foi enviado à ministra Cármen Lúcia, relatora no STF (Supremo Tribunal Federal) de representações que apontam irregularidades na conduta de Salles e outros servidores ligados à pasta.
Salles já é alvo de um inquérito no Supremo, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, sobre suspeita de facilitação a exportação ilegal de madeira.
Um dos procedimentos a cargo de Cármen está relacionado à notícia-crime enviada pelo ex-chefe da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, ao Supremo no mês passado.
O policial defendeu a apuração das condutas do ministro e do senador Telmário Mota (Pros-RR) por atrapalhar medidas de fiscalização contra danos ao meio-ambiente.
Na notícia-crime, Saraiva faz referência à maior apreensão de madeira da história do Brasil. No documento, o policial diz que Salles dificulta fiscalização ambiental e patrocina interesses privados.
O delegado citou haver indícios de dois crimes: advocacia administrativa e impedir ou embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
No dia 27 de abril, Cármen despachou o caso para a PGR se manifestar. Entre as providências tomadas, a Procuradoria pediu explicações ao ministro.
As justificativas de Salles foram analisadas e consideradas insuficientes para esclarecer o assunto.
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