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segunda-feira, 21 de junho de 2021

Pesquisadora cria código especial para pessoas cegas identificarem cores

Por Monique de Carvalho / sonoticiaboa.com.br
O código de cores para pessoas cegas ajudará no cotidiano e trará mais acessibilidade. 
- Foto: divulgação
A pesquisadora brasileira Sandra Marchi, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), conseguiu desenvolver um código de símbolos que facilita a vida de pessoas cegas.

A linguagem especial ajuda quem não enxerga a identificar as cores em diversas situações. Além de aumentar a acessibilidade, o código ainda permite mais autonomia no cotidiano.

Sandra Marchi percebeu que muitos cegos utilizavam de artifícios próprios para descobrir as cores. Alguns chegavam até a escrever as cores em objetos pessoais, como roupas e maquiagens, para sempre saberem ao usar, por exemplo.

Agora, os símbolos podem ser impressos em adesivos discretos e colados em qualquer superfície. Para Sandra, a importância dessa iniciativa vai além da praticidade.

“Só com isso, essa autonomia, melhora a autoestima e traz qualidade de vida a toda essa população com as pessoas com deficiência visual”, declarou.

Simplificando o processo
A forma mais comum que pessoas cegas identificam as cores é através da escrita em Braile. No entanto, para alguns objetos como um batom, por exemplo, ficava muito complexo escrever toda a palavra. Além disso, escrever cada cor exigia espaço e dava muito trabalho.

O código que Sandra criou, tem um símbolo para cada cor, também baseado no Braile e pode ser aplicado para qualquer objeto, desde os menores até os maiores.

“Pegando o ponto do braile, porque é a linguagem universal e juntando à teoria da cor. Assim eu consegui chegar ao resultado da ‘see color’. O que tornou muito fácil e muito lógico aprender”, explica a pesquisadora.

Adaptação
Código na guitarra. – Foto: divulgação
Algumas pessoas já tiveram acesso ao código das cores e constataram a eficiência do método criado por Sandra.

O telefonista Manoel Jesus é cego desde que nasceu. Ele contou um pouco sobre a experiência com o novo sistema:

 
“É muito bom você saber as cores das roupas na hora que você está usando para sair. E também os objetos. Tenho um violino, uma bolsinha que coloco as coisas. Para mim foi uma benção, porque quando me falarem a cor da roupa que estou usando, vou ficar feliz de saber qual cor era”, concluiu. Código no Esmalte (DIR) – Foto: divulgação / Com informações de Pais & Filhos

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