por Jade Coelho / Mari Leal***Foto: Reprodução
Diante do agravamento da pandemia, o governo estadual recuou da decisão de retomar as aulas presenciais, ainda que em esquema de rodízio, e definiu para o dia 15 de março o retorno remoto, não necessariamente com aulas online, na rede estadual de ensino, cabível também de ser adotado pelos municípios. A decisão, no entanto, está longe de atender as necessidades dos 417 municípios baianos de forma harmônica.
Presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação Williams Panfile apresenta um panorama que demonstra as diferentes realidades entre as redes no território baiano. Segundo ele, 347 municípios da Bahia fizeram, de alguma forma, atividades remotas em 2020 e a carga horária letiva já cumprida varia entre 100 e 700 horas. Ele aponta que, desde montante, 57 finalizaram o ano letivo até dezembro ou até o início de fevereiro desse ano.
Apenas 70 municípios, dos 417 que compõem o estado da Bahia, não implementaram nenhum modelo de continuidade remota das atividades pedagógicas, de acordo com Panfile. Logo, “são estas que deverão adotar integralmente o protocolo definido pelo governo do Estado para atingir as 1.600 horas dos dois anos.
“Até os municípios que não realizaram aulas remotas em 2020 já estavam se organizando para jornadas pedagógicas e já iniciando atividades letivas. Os que já terminaram o ano letivo já estavam em jornada para retomar”, conta o presidente da Undime.
“Defendemos que é preciso reconhecer a diversidade que a Bahia estava e reconhecer as peculiaridades. Não tinha como a gente defender um calendário único. Defendemos que em cada território os municípios pudessem observar internamente e conversar entre eles”, enfatiza.
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