Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias
O PT da Bahia ingressou nesta segunda-feira (23) com uma ação no Ministério Público Eleitoral (MPE). Segundo o partido, o objetivo é tentar coibir crimes eleitorais como boca de urna, abuso do poder político e econômico e captação ilícita de sufrágio no segundo turno das eleições em Vitória da Conquista e Feira de Santana. A sigla disputa a prefeitura das duas cidades com os candidatos Zé Raimundo e Zé Neto, respectivamente.
Em Vitória da Conquista, o PT disse que reuniu áudios e outros documentos anexos em uma denúncia contra o coordenador de Serviços Auxiliares da Prefeitura, vinculado à Secretaria Municipal de Administração. De acordo com a acusação, o coordenador teria articulado uma estratégia eleitoral em um bairro da cidade onde o prefeito Herzem Gusmão teria tido poucos votos no primeiro turno. Com isso, o coordenador teria orientado funcionários da prefeitura a visitarem os moradores com o objetivo de alterar o resultado eleitoral. “Cerca de seis mil imóveis deste bairro foram regularizados pela Prefeitura, o que poderia ser utilizado como argumento para converter os votos em benefício do atual prefeito”, diz trecho da nota do PT.
Já em Feira de Santana, o partido alega que a prefeitura teria feito distribuição irrestrita de 52 mil cestas básicas às vésperas da eleição. A justificativa seria a suspensão das aulas. No entanto, o PT contesta a informação, afirmando que o calendário letivo foi suspenso em 18 de março de 2020 e a distribuição da cesta só começou a ocorrer em 22 de setembro de 2020. “Os casos relatados são gravíssimos. Há uma tentativa de subverter a vontade popular que é por mudança nas duas cidades, vontade essa que se confirmou no primeiro turno e nas pesquisas de opinião divulgadas. Queremos eleições livres e limpas”, disse Éden Valadares, presidente do PT Bahia.
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