Autor(a): Agência Brasil* Foto: Ricardo Moraes / Reuters
Uma multidão de torcedores e personalidades do esporte e da política passou nesta quinta-feira (26) pela Casa Rosada, em Buenos Aires, para se despedirem de Diego Armando Maradona, que morreu aos 60 anos por causa de insuficiência cardíaca.
A morte de um dos melhores e mais carismáticos jogadores da história, na última quarta-feira em sua casa no subúrbio de Buenos Aires, desencadeou reações profundas e homenagens em todo o mundo, inclusive do presidente argentino e do papa Francisco.
“Maradona é a maior coisa que aconteceu na minha vida. Eu o amo tanto quanto meu pai, e é como se meu velho tivesse morrido”, disse, aos prantos, Cristian Montelli, funcionário administrativo de 22 anos que tem uma tatuagem com o rosto de Maradona em uma perna.
Em meio às muitas homenagens, também aconteceram incidentes violentos. As forças policiais dispararam balas de borracha e gás lacrimogêneo quando admiradores, que formaram uma fila de mais de 2 quilômetros (km) no centro de Buenos Aires, se afobaram para se despedir de Maradona antes que o transferissem para o local do enterro.
Diante da mobilização imensa, a família e as autoridades decidiram ampliar o velório por três horas além do horário previsto originalmente.
Mas a sede do governo ficou repleta de torcedores exaltados, e as autoridades resolveram retirar o féretro do lugar por segurança, segundo a televisão local.
Veículos de comunicação argentinos estimavam que até 1 milhão de pessoas poderiam comparecer para se despedir de seu ídolo, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Uma multidão ocupou durante toda a noite da última quarta a Praça de Maio, que fica diante da Casa Rosada, para homenagear o astro e esperar para lhe dar adeus. Dezenas de milhares de argentinos saíram às ruas, e os estádios de futebol acenderam as luzes às 10h da noite (o número da camisa de Maradona) como tributo ao ex-jogador.
As portas do palácio presidencial se abriram no início da manhã desta quinta-feira, quando já havia uma fila longa de pessoas que esperavam para entrar para ver o corpo do ídolo, coberto com uma bandeira da Argentina e uma camisa da seleção com o número 10.
Muitos admiradores esboçavam algumas palavras tímidas de despedida ou lançavam flores. Outros simplesmente choravam. *Por Maximilian Heath e Nicolás Misculin - Reuters
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