Foto: Marcos Corrêa/PR
A defesa de Jair Bolsonaro (sem partido) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente abre mão de prestar depoimento no inquérito sobre supostas interferências na Polícia Federal. A manifestação à Suprema Corte foi feita nesta quinta-feira (26), de acordo com O Globo.
Na petição, a defesa pede que a PF conclua a investigação sem ouvi-lo e nega as acusações de que tentou interferir indevidamente na nomeação de cargos da PF para proteger amigos e familiares.
Ainda estava pendente a decisão sobre a forma como o depoimento ocorreria, se presencial ou por escrito. O prazo do inquérito estava se esgotando e seria necessário prorrogá-lo mais uma vez, a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou a manifestação.
"O Peticionante vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial no referido despacho, aliás, como admitido pelo próprio despacho à respectiva p. 64, e roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração de relatório final a ser submetido, ato contínuo, ainda dentro da prorrogação em curso, ao Ministério Público Federal", diz a petição, assinada pelo advogado-geral da União José Levi do Amaral.
Caberá ao relator, ministro Alexandre de Moraes, proferir despacho sobre a petição da defesa de Bolsonaro. Caso ele seja liberado do depoimento, a PF poderá concluir o relatório final, que deve apontar se houve a prática de crimes na conduta de Bolsonaro. Depois disso, o relatório é enviado ao procurador-geral da República Augusto Aras, a quem decidirá se apresenta denúncia contra o presidente ou se arquiva a investigação.
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