O ataque hacker que expôs informações de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conseguiu acessar dados de 2020, e não apenas de anos anteriores, como se supunha inicialmente. A investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) com colaboração do próprio TSE apontava que os dados eram antigos, do período entre 2001 e 2010. Agora já se sabe que, entre as informações vazadas, há dados de funcionários referentes a este ano. A investigação indica ainda que a invasão deve ter ocorrido antes de 1º de setembro. As informações foram exposta no último domingo, dia do primeiro turno da eleição. Ainda no domingo, o TSE informou que o ataque tinha ocorrido com certeza antes de 23 de outubro de 2020, e provavelmente era mais antigo, uma vez que expôs dados de funcionários antigos e ex-ministros. São dados administrativos com informações pessoais sobre servidores. O ataque foi feito a partir de Portugal. A PF ainda apura se há uma ação coordenada para desacreditar o processo eleitoral. Também no domingo, houve uma outra tentativa de ataque para derrubar o site do TSE, que não foi bem sucedida. Esse ataque teve origem no Brasil, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia. Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, reclamou da atuação de “milícias digitais”. — Ao mesmo tempo em que houve o ataque, milícias digitais entraram em ação. Há suspeita de articulação de grupos extremistas que se empenham em desacreditar eleições, clamam pela volta da ditadura e muitos deles são investigados pelo STF — afirmou Barroso. (O Globo)
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