Clube azulino está no mercado, porém encontra tem dificuldades para fechar com reforços e, em meio a isso, planeja novas rescisões. Diretoria reluta em contratações com altos salários
Por Gustavo Pêna — Belém
Mazola Júnior pretende contar com aproximadamente 28 jogadores na sequência da temporada — Foto: Samara Miranda/Ascom Clube do Remo
O Remo pegou muita gente de surpresa ao anunciar rescisões com jogadores em meio à pandemia do novo coronavírus. O lateral-direito Nininho e o atacante Jackson já deixaram o clube e as saídas devem continuar acontecendo nas próximas semanas. Porém, sem pressa. A intenção da diretoria é fazer negociações enxutas e que não atrapalhem o planejamento financeiro futuro com ações trabalhistas. As rescisões precisam atender às necessidades do clube e do atleta.
Paralelo a isso, o Remo está no mercado em busca de reforços para a Série C do Brasileiro. Mas as dificuldades são muitas. Neste momento, qualquer cartada é um tiro no escuro. Segundo apurou a reportagem do GloboEsporte.com com uma fonte remista, nenhum jogador quer antecipar um acerto antes de saber quais os rumos do futebol brasileiro em meio à covid-19. Qual será o calendário? As competições terminarão ainda em 2020? A bola vai rolar no Parazão ou somente na Terceirona? O cenário é de muita incerteza.
Com o caixa cada vez mais esvaziado, o Remo não sabe bem o quê – e quanto – oferecer. Se antes, por exemplo, a folha da Série C giraria em R$ 550 mil, agora esse valor terá que ser repensado. Na busca por reforços de peso, mais caros para uma competição nacional, o departamento de futebol não pode oferecer mais R$ 30 mil de salário para um único atleta. É preciso pensar não só no presente e no futuro, mas no passado com futuras folhas que possam ficar abertas. A atual diretoria azulina tem se destacado nos pagamentos em dia, então, qualquer passo errado pode significar uma nova bola de neve em dívidas.
Uma coisa é certa: o técnico Mazola Júnior pretende contar com, aproximadamente, 28 jogadores no elenco para a sequência de uma temporada incerta. O comandante não abre mão de um grupo enxuto e com peças mais qualificadas. Mazola é exigente, como se sabe. Isso deve significar cerca de 20 atletas rodados e o restante completado por jovens das divisões de base. O terreno é íngreme, difícil, incerto. Apesar da paralisação dos jogos, o Leão tem um norte, mas ainda depende de muitas variáveis para chegar nele.
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