> TABOCAS NOTICIAS : Projeção aponta colapso do sistema de saúde a partir de 21 de abril no Brasil

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Projeção aponta colapso do sistema de saúde a partir de 21 de abril no Brasil

O volume total de infectados pela Covid-19 pode passar de 3 milhões e o de mortos, de 393 mil no Brasil caso seja mantido o atual nível de isolamento social no país. A informação consta em um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros.

A projeção faz parte de um modelo matemático criado por um grupo de seis pesquisadores das áreas de Física e Medicina ligados às universidades federais de Alagoas e do Rio Grande do Norte, à Santa Casa de Maceió, ao Centro de Testagem e Acolhimento de HIV/AIDS de Itaberaba (BA) e à Escola Superior de Ciências da Saúde, em Brasília. As informações foram divulgadas pela BBC Brasil.

O levantamento aponta que, no ritmo atual de evolução da pandemia, o volume de unidades de terapia intensiva (UTIs) disponíveis no território brasileiro não seria suficiente para atender a demanda a partir da semana do dia 21 de abril. O estudo, publicado no dia 3 de abril, foi submetido a publicação internacional e é preliminar, ou seja, ainda não foi avaliado por outros cientistas, mas mostrou aderência aos dados reais pelo menos até o último dia 15 de abril.

A projeção aponta evolução do números de mortos divulgados pelo Ministério da Saúde com um indicador com menor subnotificação do que o volume total de casos e, por isso, mais confiável, que tem sido consistente com as previsões apontadas pela equipe e usadas como base para o cálculo da utilização dos leitos de UTI nos hospitais.

A partir das premissas, o modelo aponta uma saturação do sistema por volta do dia 21 de abril. O físico Askery Canabarro, um dos autores do estudo, ressalta que o resultado reflete um dado consolidado para o país e não quer dizer, por isso, que todas as UTIs estarão ocupadas necessariamente nesta data. De um lado, a distribuição dos leitos pelo território nacional é desigual ? 26% do total, ou 15,7 mil, estão em São Paulo. De outro, a evolução da doença tem afetado algumas áreas mais do que outras. “Há Estados mais ou menos vulneráveis”, ele destaca. (Metro1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário