Parlamentares recebiam entre R$30 mil e R$50 mil para apoiar projetos do governo.
Novos trechos da delação premiada da ex-secretária de Administração Livânia Farias, uma das “operadoras” do esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB), revelam mensalão de R$30 a R$50 mil pagos a deputados estaduais, durante o governo.
Recebiam a propina, segundo a ex-secretária, os deputados Adriano Galdino (PSB), Antônio Mineral (PSB), Branco Mendes (Podemos), Eva Gouveia (PSD), João Gonçalves (Podemos) Lindolfo Pires (Podemos), Márcio Roberto (PMDB) e Tião Gomes (Avante). O mensalão foi pago aos deputados entre os anos de 2013 e 2014.
Livânia contou à força-tarefa da Operação Calvário que o apoio dos parlamentares era obtido por meio do pagamento de propinas oriundas da Cruz Vermelha. Era um mensalão muito semelhante ao dinheiroduto instituído no plano federal pelo então presidente Lula, mentor político de Coutinho.
A delatora revelou que os valores eram repassados aos deputados subornados através do empresário Roberto Santiago, que seria o responsável pela proposta da compra de apoio. “Vocês não sabem fazer política. Vou mostrar como se faz. Precisamos adoçar a boca dos deputados”, teria dito o empresário.
“Quando atrasava, os deputados iam até meu gabinete cobrar o pagamento”, disse a ex-secretária em depoimento, segundo o site Paraíba Online.
“Quem nunca me cobrou, ou nunca foi lá, e nem tive contato foram Doda de Tião (Avante) e Eva Gouveia (PSD), mas eles receberam. Adriano (PSB), Branco (Podemos), João Gonçalves (Podemos) e Antônio Mineral (PSB) iam me cobrar no meu gabinete”, entregou Livânia Farias. (Diário do Poder)
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