Mais uma de cabo de esquadra. No ano passado, o ministro Paulo Guedes apresentava outra de suas fórmulas mágicas para reduzir gastos. O governo deixaria de fazer concursos para substituir servidores que se aposentariam.
Nas contas dele, 40% do funcionalismo público se aposentaria nos próximos cinco anos. Não seria, portando, necessário demitir. O importante era desacelerar as entradas para o excesso ir embora. Resultado: 2,2 milhões na fila do INSS esperando alguma resposta. Estão parados pedidos de aposentadoria, processos de auxílio-doença, licença maternidade e benefício de prestação continuada. O pai da fórmula mágica, queimado de sol, não abre a boca.
Quem assume a tentativa de resolver esse trágico cenário é Rogerio Marinho, secretário da Previdência e um dos homens que funciona no governo. Agora, Bolsonaro manda contratar 7 mil militares para ajudar no INSS. O treinamento durará dois meses e Marinho acha que, em seis meses, a situação melhora. Há cinco meses, duas procuradoras pediram à Justiça Federal que obrigasse o INSS a preencher vagas ociosas, que Guedes não permitiu. A ação apontava a necessidade de oferecer “atendimento digno” e “risco de sucateamento da Previdência”. Não deu outra. https://www.fabiocampana.com.br
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