Após anos de prejuízo e pouca presença de público, clube resgata Aflitos como casa e recupera apoio popular
Ciro Campos
Sem padrão Fifa. Mas com padrão Náutico. O clube pernambucano adotou essa receita para fazer em 2019 uma temporada marcante dentro dos seus 118 anos de história. O time conquistou acesso à Série B do Campeonato Brasileiro na próxima temporada e disputa a partir de domingo a final da Série C, contra o Sampaio Corrêa (MA), ao ter como um dos grandes trunfos na campanha o retorno à antiga casa. Ao abrir mão da Arena Pernambuco e voltar ao estádio dos Aflitos, a equipe renasceu no futebol e reconquistou a própria torcida.
Náutico garantiu vaga na final da Série C após bater o Juventude**Foto: Léo Lemos/Divulgação / Estadão
O ponto de virada nessa trajetória foi no passado. A diretoria intensificou as ações para romper o contrato com a Arena Pernambuco, por se sentir descontente. O estádio localizado em São Lourenço da Mata, a cerca de 20 km do Recife, havia se tornado a única casa do time a partir de maio de 2014, embora nunca o Náutico tivesse se sentido confortável por lá. A distância, os preços dos ingressos e a falta de tradição atrapalhavam demais.
Segundo o presidente do Náutico, Edno Melo, a torcida continuou apegada demais à antiga casa. O estádio inaugurado há 80 anos fica em uma região privilegida no Recife, tem capacidade para 19 mil pessoas e jamais foi esquecido pelo público alvirrubro. "A gente começou a perder torcida, perder identidade com o clube. Quando a gente ia para a Arena Pernambuco, tinha 180 torcedores nos jogos. Isso nunca foi a torcida do Náutico. O mesmo jogo se fosse nos Aflitos daria umas 6 mil pessoas. Estamos provando isso agora. Nosso estádio está decidindo os jogos", disse ao Estado. No último domingo, time bateu o Juventude na semifinal da Série C diante de 13 mil pessoas. Leia tudo em https://www.terra.com.br/amp/esportes
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