por Linda Gomes, da Espanha
Em agenda internacional intensa para divulgar a pauta “Lula Livre”, a ex-presidenta Dilma Rousseff revelou neste sábado, em Madri, durante ato público na Festa do Partido Comunista da Espanha que, “Lula não aceitará qualquer condição para sair da prisão”, apesar dos procuradores da Lava-Jato de Curitiba pedirem que o ex-presidente Lula possa progredir para o regime semiaberto.
“Querem que Lula saia com a tornozeleira eletrônica, pois querem se antecipar, e um inocente não aceita isso. Lula é inocente”, explanou.
Dilma fez um discurso de pouco mais de meia hora, em espanhol, e disse ao público que no Brasil de hoje onde o presidente Bolsonaro representa o avanço do neofascismo, seu governo cumpre uma agenda moralista que põe em risco as mulheres, os indígenas e os negros.
“ Ele defende a tortura e o assassinato político, por isso deixa impune a morte da vereadora Marielle Franco, porque sabe perfeitamente que foram os paramilitares ao qual lhe são próximos que lhe a mataram. Defende o uso da polícia como arma para matar os cidadãos e deixa também impune aqueles que matam crianças de oito anos”.
Ela disse ainda que a soberania nacional é posta em questionamento devido às atitudes do governo Messias em todas as esferas. Do Bahia Notícias
Em um segundo momento, a ex-mandatária brasileira disse que “Lula é um preso político e representa a luta neoliberal e o antifascismo, por isso está preso.
O juiz Sérgio Moro, que condenou Lula, ela categorizou como parcial e político. “ Ele o condenou sem provas, o que explica o judiciário brasileiro está corroído”.
Ainda na tentativa de explicar aos comunistas espanhóis a importância do tema, Dilma comentou que a Amazônia está em risco porque desde que o PT esteve no poder, a floresta era protegida de forma sustentável e com o governo Bolsonaro ela será desmatada e explorada comercialmente para produzir carvão e também por interesses estrangeiros.
Ao final do ato, Dilma agradeceu a solidariedade dos espanhóis que “sempre reconheceram e ajudaram o PT na luta de divulgar ao mundo que sofreu um golpe”.
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