Um grupo de mulheres voluntárias se reúne em Salvador para dar continuidade ao legado de amor de Irmã Dulce, quase 30 anos após a morte da freira. Por meio de ações, as “Amigas de Dulce” arrecadam doações para as Obras Sociais (Osid), fundadas há 60 anos e mantidas até hoje. Informações do G1
Algumas das voluntárias conviveram com a freira quando ainda eram estudantes do Colégio Santo Antônio, que fica em Salvador. Meninas que viraram anjos de Irmã Dulce, colaboradoras das obras sociais.
Em uma das ações, o grupo embala lembranças do legado da freira. Entre elas, pequenos tijolos, que fazem referência a uma famosa campanha que Irmã Dulce desenvolveu na década de 80.
Os tijolos arrecadados pela freira na época se tornaram um império de solidariedade: o Hospital Santo Antônio. Já os tijolinhos solidários das “Amigas de Dulce” são vendidos na lojinha do santuário por R$ 10, para arrecadar dinheiro, ou são levados para as escolas que aderem ao projeto.
“Eu sei que eu estou embalando esse tijolinho é uma coisa pra benefício das obras. Então a gente doa, a gente tá fazendo aquilo mas sabendo que vai ter um beneficio para as obras. Quando a gente tem amor às coisas a gente se doa. Eu mesma tenho amor de estar aqui”, diz dona Altanira Góes, de 79 anos.
Das mãos que embalam os tijolinhos, para as mãos de quem pensa nas ações da rede de solidariedade. Em outro ponto das obras, um grupo de mulheres se reúne para pensar ações e definir estratégias de captação de recursos para as obras.
“Somos assim, multissetoriais. Temos vários grupos de trabalho, grupos dos tijolinhos, de educação, temos o grupo de fomento ao sócio-protetor, que é uma ação muito importante. Temos o chá das Amigas de Dulce, temos o Viva Dulce… são vários eventos onde buscamos levar a mensagem de amor ao próximo que Irmã Dulce nos deixou, e também arrecadar recursos para as obras que acontecem de ampliação, de melhoria, dos serviços prestados”, contou a coordenadora do grupo, Rosemma Maluf.
Amar e servir é o propósito destas mulheres. Amor que é passado de geração em geração.
“Quando a gente bota esse tijolinho, é saber que você pode fazer um pouquinho e ajudar muita gente. A mensagem maior é essa. E com as crianças, o que a gente tenta mobilizar é que amanhã é com exemplo nosso de adulto, é que amanhã isso aqui é patrimônio deles. Eles que vão ter que conduzir isso aqui, com voluntariado e ajudar as outras pessoas”, conta Clara Martins.
O pequeno John, de 9 anos, explica ainda a importância da colaboração para o funcionamento das obras. “Como tá dizendo o tijolinho, você contribuiu para a construção da sala de ressonância magnética, que vai ajudar os outros doentes para ajudar a curar.
“Comprando esse tijolinho é um gesto de amor e seguir o que Irmã Dulce fez pra gente conseguir seguir a bondade dela”, fala a pequena Mariana, de 8 anos.
E Rosemma Maluf completa com o que faria Irmã Dulce caso ainda estivesse viva. “Ela diria: ‘Minha gente, vamos trabalhar porque tem muita gente precisando. Ela não perderia tempo e estaria botando todo mundo para sair andando pela cidade em busca de ações e doações para ajudar aos mais necessitados”. *G1
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