Foto: Reprodução/TV Sudoeste
Uma estudante baiana desenvolveu um óleo feito com folhas de eucalipto para substituir agrotóxicos utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, entre outros.
Cátia dos Santos Libarino, mestranda em Ciência Florestal na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), começou os experimentos com o objetivo de substituir um tipo de agrotóxico a longo prazo. Os testes já foram realizados em laboratórios com um fungo.
De acordo com o G1, a jovem, que costumava a observar o crescimento de um fungo nas folhas de pé de macadâmia, conhecida como uma das nozes mais saudáveis, aproveitou três tipos de eucalipto para produzir o óleo. “É um fungo que ataca plantações frutíferas principalmente. Ele causa manchas foliares, e isso favorece a queda prematura das folhas, influenciando diretamente na comercialização da noz, que é o produto comercial de maior valor”, explicou Cátia.
O projeto que tem parceria com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) é orientado pela professora doutora em farmácia, Patrícia Baier Krepsky. “A ideia é desenvolver alternativas ao uso dos agrotóxicos. Nessa pesquisa nós extraímos o óleo essencial de várias espécies de eucalipto e fizemos também um extrato aquoso com essas diversas espécies, para fazer uma comparação em relação ao efeito fungicida e fungistático. Ou seja, um efeito no sentido de matar e diminuir o crescimento de fungos”.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou uma pesquisa em 2017 e descobriu que foram usados no Brasil 540 mil toneladas de agrotóxicos. Foram 50% a mais em comparação com 2010.
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