Simone Cafeseiro explica
Uma pesquisa divulgada pela OMS, mostra que a depressão cresce de forma alarmante entre populações, e que até 2020 a doença será a mais incapacitante do mundo. Quem sofre deste mal, fala de uma dor que não é física. Alguns chegam a descrevê-la como uma dor na alma. Um sentimento de profunda tristeza e falta de sentido.
O passado, o presente e o futuro, ficam comprometidos por sentimentos de profunda angústia, medo paralisante, desinteresse e frustração. A vida perde a sua beleza, ou melhor dizendo, os olhos traspassados pela visão depressiva, não veem encanto existencial.
O transtorno depressivo pode se manifestar tanto de forma episódica quanto de forma recorrente, e apresenta três graus: Leve, Moderado e Grave. O que vai definir cada um deles, é a intensidade e duração dos sintomas.
Abaixo, a descrição de sintomas comuns no quadro depressivo. (Cid 10 F32).
-Rebaixamento do humor.
– Redução ou falta de energia para realizar atividades, antes realizadas rotineiramente.
– Perda de interesse e de prazer em diversas áreas da vida, podendo afetar a libido.
– Diminuição da concentração nas atividades.
– Cansaço, mesmo com esforço mínimo.
– Alterações no apetite e no sono. Excesso ou falta de ambos.
– Queixa de diminuição da autoestima e da autoconfiança.
– Sentimentos de culpa.
É importante ressaltar que a depressão apesar de se manifestar com sentimento de tristeza, se difere do estado de tristeza que é inerente a natureza humana.
É natural que em situações de perdas, luto ou traumas emocionais vivenciados em algum momento da vida, o sentimento de tristeza e melancolia sejam sentidos. Porém, no transtorno depressivo esse sentimento é uma constante, se instaurando na vida psíquica por meses e até anos, se não for tratado.
Não há uma causa ou motivo especifico que justifique a doença para todas as pessoas que sofrem da mesma, podendo ser provocada por diversos fatores.
A abordagem psicanalítica explica, sobre a possibilidade de traumas primitivos desencadearem a doença após a vivência de situações que esbarrem em memórias afetivas passadas, memórias que apesar de estarem inconscientes para a pessoa que a vivencia, continuam vivas em sua vida psíquica.
As condições e características socioculturais também devem ser levadas em consideração, ao analisar a queixa do paciente depressivo. Sobretudo neste tempo, em que essa doença se expande marcando uma geração.
O acompanhamento com psicoterapia é uma alternativa de tratamento para esses casos. E a depender da gravidade do quadro depressivo, é necessário um acompanhamento interdisciplinar entre psiquiatra e psicólogo na condução do caso. Por:SIMONE SOUZA CAFESEIRO. (Psicóloga clínica- CRP-03/19407)
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