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terça-feira, 10 de julho de 2018

Corrupção, saída precoce de jogadores e mais; jornal espanhol explica por que ‘futebol sul-americano afunda’

Nada de Brasil, Argentina ou Uruguai.
Pela 2ª vez desde 1986, quando o mata-mata da Copa do Mundo começou a ter as oitavas de final, uma edição do Mundial não tem qualquer equipe da América do Sul nas semifinais.

Assim como aconteceu em 2006, as tradicionais seleções sul-americanas sofreram em uma Copa na Europa, e acabaram caindo muito antes de uma possível briga pelo título.

Mas qual o motivo da queda de rendimento dos sul-americanos nas Copas? De acordo com o jornal espanhol El País e com alguns nomes conhecidos do futebol, há várias razões.

“Estamos loucos com a obsessão por ganhar, e os garotos vão para a Europa muito jovens”, disse Jorge Valdano, campeão da Copa de 1986 com a Argentina. “Há vários problemas: violência, desorganização, problemas econômicos”, seguiu.

“A capacidade física está se impondo ao jogo técnico, e o coletivo ao individual. Isso explica como times como Suécia e Rússia chegaram às quartas de final”, completou Valdano.

O brasileiro Tostão, campeão em 1970, também comentou a ‘crise’ das seleções da América do Sul.

“Não é uma surpresa que isso esteja acontecendo. O Brasil já não é mais o país do futebol alegre e do samba, isso terminou. Tivemos boas seleções, com grandes jogadores como Neymar, mas nenhuma foi grande favorita. O mesmo acontece com a Argentina e Messi, que foi para essa Copa com muitos jogadores de um nível mediano. O Uruguai competiu, mas também é uma seleção de um nível intermediário”, explicou Tostão.

No dia 23 de junho, a Conmebol realizou um encontro com ex-jogadores para discutir a situação do futebol na América do Sul. Entre os nomes que participaram da conversa estavam Mauro Silva, Forlán, Pacho Maturana, Reynaldo Rueda, Lugano, Zanetti e Sorín, entre outros.

O colombiano Maturana, ex-jogador e treinador, disse que “a corrupção e a mudança na formação estão por aí”. “Há um índice tremendo de jovens que deixam as escolas. Os garotos de 12, 13 anos dizem aos pais que vão atrás do sonho e deixam tudo de lado.O importante não é o treinador, mas o empresário que promete levá-lo para a Europa.”

“No Brasil, o importante é que nosso processo era natural”, comentou Mauro Silva. “Jogávamos nas ruas, mas perdemos as ruas para a violência. O futebol foi para as escolas, mas os formadores não são bons e não recebem bem. O jogador com melhor formação também será mais inteligente e melhor nas tomadas de decisão detnro de campo”, completou o volante do tetra da seleção. Fonte: WS/Espn

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