Janaina Garcia **Do UOL, em São Paulo**Divulgação/Arquivo pessoal
Manifestações de cunho supostamente machista e racista feitas por um advogado contra uma promotora, durante audiência no Tribunal do Júri em Curitiba, suscitaram a apresentação de um abaixo-assinado em Brasília, esta semana, em repúdio à fala do profissional e apoio à colega.
O documento, assinado por 485 promotores – 400 dos quais, mulheres – de todo o Brasil, foi apresentado pelo Movimento Nacional de Mulheres no Ministério Público à Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público), na capital federal, com críticas a colocações do advogado Claudio Dalledone Jr contra a promotora Ticiane Louise Santana Pereira. Nessa quinta (5), o órgão emitiu nota em solidariedade à colega.
O caso é de fevereiro do ano passado, referente ao júri popular de um fazendeiro acusado e condenado a 34 anos de prisão pela morte de um policial federal em Cascavel (oeste paranaense), mas só no final de junho deste ano, entretanto, teve uma resposta da Justiça (leia abaixo).
O bate-boca mais acalorado entre as partes, com troca de ofensas, foi registrado na fase de debates do júri – última etapa antes de os jurados se reunirem com o juiz para análise da sentença ao réu. O advogado se mostrou incomodado ao ouvir que réus como o agropecuarista defendido por ele deveriam ser presos, assim como o empreiteiro Marcelo Odebrecht (condenado em esquema de corrupção investigado pela Operação lava Jato), a despeito de qualquer influência econômica ou política que porventura tivessem. O caso era julgado inicialmente em Cascavel, mas, por solicitação do próprio MP, foi transferido para julgamento em Curitiba. LEIA MAIS
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