Mirthyani Bezerra**Do UOL, em São Paulo**Theo Marques/Framephoto/Estadão Conteúdo
O ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner (PT) disse não ter patrimônio político nacional para disputar as eleições presidenciais pelo PT e que não "vai puxar o tapete" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato da legenda à Presidência da República.
As declarações foram dadas por Wagner do lado de fora da sede da Polícia Federal, em Curitiba, minutos antes de ele entrar no local para visitar o petista, que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão após ser condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex em Guarujá.
"Deixa eu deixar uma coisa clara: eu sei que eu tenho um patrimônio político na Bahia, outro tem em Minas [Gerais], outro tem no Acre, mas o patrimônio político nacional só tem um nome, o patrimônio é dele, pelo o que ele [Lula] construiu ao longo dessa caminhada desde os tempos de sindicato. Se o patrimônio é dele, não está aqui ninguém que vai aqui puxar o tapete ou com mão de gato tomar o lugar que é de um só: Luiz Inácio Lula da Silva", disse.
O ex-governador da Bahia tem sido apontado como "plano B" do PT caso Lula tenha a candidatura impedida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Wagner estaria se preparando, no entanto, para disputar uma vaga de senador pelo partido nas eleições deste ano.
"O patrimônio é dele e se é dele não tem que ninguém ficar dando pitaco, quem vai dar o pitaco é o dono do patrimônio e, portanto, a gente tem que esperar a orientação do Lula, para saber que caminho", disse. "A orientação dele é 'eu sou inocente, sou candidatíssimo'", afirmou.
Wagner disse ainda que não lavaria a mão que vai apertar a mão de Lula. "Hoje eu tive a graça que qualquer um de vocês gostaria de ter, mas eu garanto que não vou lavar a mão depois que eu apertar a mão do Lula lá dentro. Venho aqui para apertar a mão abençoada pela mão do Lula", brincou.
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