por Fernando Duarte**Foto: Bahia Notícias
A falta de financiamento privado de campanha provocou um efeito colateral que tem deixado os candidatos a deputado estadual preocupados: a dificuldade em financiar as campanhas para a Assembleia Legislativa da Bahia. Com foco em manter um naco expressivo do fundo partidário, a maior parte das siglas elegeu como prioridade manter ou ampliar as bancadas na Câmara dos Deputados. Como as vagas de deputado estadual não influenciam em nada nesse processo, os partidos não devem destinar recursos para auxiliar nas campanhas dos candidatos – sejam eles detentores de mandato ou não. A medida, inclusive, tem provocado tensão nos seios das legendas, que não escondem o foco na Câmara em detrimento da AL-BA. Apenas duas possibilidades são visualizadas pelos candidatos. Ou possuem influência junto às direções partidárias ou apelam para apadrinhamentos de deputados federais que já possuem uma cota reservada de recursos para correr o estado. Sem uma das duas opções, apenas aqueles que já estão com cargos teriam barganha suficiente para negociar apoios com lideranças das bases. Nota do editor: sim, parte da estrutura de gabinetes e lideranças da Assembleia Legislativa é utilizada para acomodar parceiros de eleições futuras, ainda que os envolvidos neguem. Os novatos ou estreantes na política ficam então inviabilizados de produzir uma campanha arrojada o suficiente, já que dificilmente teriam acesso ao fundo partidário. Não que haja a necessidade de financiamento privado para resolver a situação. Nem de longe. Porém os candidatos a uma vaga na AL-BA falam saudosos da época em que conseguiam agilizar os próprios recursos para a campanha. Sem esse dinheiro e também sem acesso ao fundo partidário, os postulantes à Assembleia estão com o pires na mão. BN
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