Foto: Renan Olaz / Câmara do Rio
A motivação para a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), que culminou também no assassinato do motorista Anderson Gomes, pode ter ligação com a tentativa de regularização fundiária da comunidade Novo Palmares. Segundo informações do jornal O Globo, desde meados de 2017, a vereadora apoiava os moradores da comunidade, que fica em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Marielle atuava junto à Defensoria Pública, a fim de agilizar a titularidade dos lotes do local. Mas o assentamento é reduto político do vereador Marcelo Siciliano (PHS), apontado por uma testemunha-chave como uma das pessoas que tinham interesse na morte da edil – a outra era Orlando Oliveira de Araújo, o ex-policial militar Orlando de Curicica, que foi preso acusado de chefiar uma milícia. De acordo com a publicação, esse conflito de terras na Zona Oeste é uma das principais linhas de investigação seguida pela Delegacia de Homicídios da cidade, que investiga o crime. Em outubro do ano passado, Siciliano indicou à Mesa Diretora da Câmara Municipal que o prefeito Marcelo Crivella deveria implantar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Centro Municipal de Saúde Novo Palmares. A publicação aponta que, além de vereador, Siciliano é empresário ligado ao ramo imobiliário, com interesses sobre a questão fundiária da região de Jacarepaguá e das Vargens. Por outro lado, uma das bandeiras de Marielle era justamente contra remoções e a especulação imobiliária – enquanto os moradores da área não possuem título de propriedade, a região tem se valorizado com a construção de empreendimentos de luxo ao redor. Marielle e Anderson foram mortos no dia 14 de março, quando saíam de um evento no Rio de Janeiro. Segundo a testemunha-chave, Siciliano e Orlando de Curicica tramaram o crime (saiba mais aqui).
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