da Universa, em São Paulo**Getty Images
O nome do desafio não é novo, mas a modalidade, digamos assim, é. Em fevereiro deste ano, uma criança de 7 anos morreu depois de inalar uma grande quantidade de desodorante em um desafio que viralizou na internet.
A 'moda' envolvendo o produto agora, é outra, mas igualmente perigosa: ver qual criança aguenta mais tempo o spray do desodorante de aerosol sendo projetado no braço.
Reprodução/Arquivo pessoal (Daily Mail)
O resultado são queimaduras severas na pele. Crianças já estão sendo encaminhadas para o hospital com lesões de segundo grau. Jamie Prescott disse ao 'Daily Mail' que a filha de 10 anos, Ellie, estudante de Bristol, na Inglaterra, pode ter que enxertar pele no braço após participar do desafio. A menina teve uma queimadura e, após três semanas de tratamento, ainda tem uma ferida grande no corpo.
A mãe de Ellie fez um alerta em suas redes e o post já teve mais de 3 mil compartilhamentos. Os professores também já estão atentos a casos semelhantes.
Alerta de dermatologista
Segundo Herbeth Sobral Marques de Almeida, dermatologista do Hospital do Servidor Público e da Clinica Mais, a exposição do líquido lançado pelo aerosol por tempo prolongado pode causar danos nos tecidos da pele e até nos nervos do braço da criança. "O que acontece é que, quando a criança pede para parar ela já sofreu dano tecidual a ponto de gerar uma sensibilidade nervosa e, com o tempo de descongelamento da substância, começa a apresentar os efeitos da queimadura, com vermelhidão, dor, ardência e até bolha".
"A depender do tamanho e da profundidade da queimadura, a camada da pele não vai ter como se regenerar e somente com enxerto essa parte da pele que foi lesada pode ser reconstituída", continua. "A queimadura pelo aerossol é caracterizada como queimadura de fogo. Então vai haver essa destruição da pele... Pode ser de primeiro grau, segundo grau, ou até terceiro grau."
Redes sociais propagam os desafios
A onda de desafios nas redes sociais já acontece há algum tempo. De balde de gelo a selfie em precipícios, a gravidade e o perigo do que tem sido proposto -- e a naturalidade com que isso é mostrado nas redes — é o que assusta. Os desafios - e as 'conquistas' dos que aceitam a proposta - são mostrados nas redes sociais, vídeos no Youtube e grupos fechados.
Há ainda os aplicativos, como Baleia Azul e, mais recentemente, o SimSimi, que já provocou a morte de algumas crianças. O, alerta, aliás, é mais grave: esses desafios têm refletido, inclusive, no aumento do número de suicídios entre crianças e jovens. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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