Britânico Jaco Neil não conseguia imaginar as coisas que iriam acontecer com ele depois de ter brincado com seu cachorro Harvey há um ano e meio quando notou que tinha um pequeno arranhão em sua mão. Ele prontamente limpou e desinfetou o corte, mas duas semanas depois foi acometido com o que parecia ser uma gripe.
Naquele momento Neil contraiu uma bactéria na saliva do cão, que provocou uma infecção e evoluiu para septicemia, uma reação exagerada do sistema imunológico após um processo infeccioso.
Foram meses no hospital e cinco dias em coma. O britânico perdeu duas pernas (abaixo do joelho) e todos os dedos de uma mão. Seus lábios e o nariz ficaram desfigurados; refletindo diretamente na dificuldade para falar e comer.
A septicemia é considerada como a principal causa de morte por infecção no mundo. E Neil entrou para a lista das 20 milhões de pessoas que são acometidas pela bactéria, por ano em todo o mundo.
TRATAR COM URGÊNCIA
Acreditando que tinha apenas uma gripe, o estado de saúde de Neil estava tão crítico que, ao chegar no hospital, imediatamente foi tratado com urgência porque os médicos identificaram os sintomas de septicemia. A chave para recuperação de Neil, e de tantos milhões que conseguiram sobreviver, foi o diagnóstico precoce.
“Quando acordei, tomei um choque ao ver que tinha praticamente o corpo inteiro escurecido: o rosto, as mãos e as pernas estavam necrosando (em processo de morte) por causa dos danos nos tecidos causados pela coagulação anormal do sangue. É algo que ocorre durante um choque séptico”.
Durante os quatro meses no hospital, os rins de Neil falharam e ele precisou fazer diálise durante dois meses. Já próximo de sair da unidade, os médicos amputaram as pernas. “Foi um período muito duro”, relembra.
REABILITAÇÃO
Ele fez reabilitação para voltar a caminhar. Depois de três meses, já conseguia andar sem ajuda e voltou para casa. Harvey, seu mascote, foi sacrificado “para que não infectasse outra pessoa” (a infecção é incurável).
Atualmente Neil dirige um carro adaptado. Há um tempo, ele usava uma prótese no nariz para disfarçar a desfiguração de seu rosto, mas hoje a considera uma “máscara” e por isso não pretende mais usá-la porque não quer esconder sua história. (Com informações do Notícias BOL)
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