Foto: Elza Fiuza / ABr
O presidente Michel Temer (MDB) não acredita que a história social do ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) seja o fator que o coloque entre os preferidos à Presidência da República. Recentemente filiado ao PSB, o magistrado é visto como um dos pré-candidatos ao cargo, mas ainda não confirmou sua candidatura. "Eu não concordo com o fato dele ser presidente porque é negro, nem porque foi pobre, pobre eu também fui. Eu tive uma infância... É, parece que não, mas eu, pra ir à escola, andava seis quilômetros. Eu morava naquilo que, no interior, chamava sítio, algo que estava fora do perímetro urbano", afirmou Temer, em entrevista ao programa "Poder em foco". Estreia no SBT, o episódio foi ao ar na noite desse domingo (6). De acordo com o emedebista, os eleitores vão escolher pelo candidato que apresentar o “melhor para o Brasil”, que não proponha radicalizações, com perfil equilibrado e moderado. Embora se diga "avesso a rótulos", durante a entrevista, ele defende a construção de uma candidatura de centro. Esse nome, de acordo com o presidente, reuniria o grupo composto pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (MDB), o dono da Riachuelo, Flávio Rocha (PRB), o empresário Afif Domingues (PSD), o ex-presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro, e "com toda a certeza", o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Se nós quisermos usar o centro, nós não podemos ter sete ou oito candidatos naquilo que se chama centro, o ideal dos ideais é que haja uma conjugação de diálogos políticos, conversas, afinal a classe política precisa se mobilizar", defendeu. Nesse caso de unificação, o presidente ressaltou que, se for necessário, abre mão de sua candidatura "com a maior tranquilidade". BN
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