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quarta-feira, 4 de abril de 2018

EUA anuncia produtos chineses que serão tarifados em U$S 50 bilhões

Washington, 3 Abr 2018 (AFP) - O governo de Donald Trump publicou nesta terça-feira (3) uma lista de produtos chineses cujas importações devem ser tarifadas em até 50 bilhões de dólares, em um novo ataque do presidente no conflito comercial com Pequim. 
A lista, que inclui eletrônicos, peças aeronáuticas, medicamentos, maquinários e outros bens, ainda precisa ser finalizada. O objetivo dela é responder a um suposto roubo de propriedade intelectual e de tecnologia de empresas americanas pelo governo chinês. 

A China condenou veementemente a lista e advertiu que está pronta para retaliar, informou a agência estatal de notícias, citando o Ministério do Comércio.

Nesta segunda-feira, Pequim impôs tarifas de 3 bilhões de dólares sobre exportações americanas, um contra-ataque interpretado como um alerta de que as autoridades chinesas não hesitarão em retaliar rapidamente. 

"A lista proposta de produtos é baseada em uma análise econômica extensa entre agências e miraria produtos que se beneficiam dos planos industriais da China, enquanto minimiza o impacto sobre a economia dos EUA", disse o representante comercial americano (USTR), Robert Lighthizer. 

A lista identifica cerca de 1.300 produtos, mas está sujeito a um processo de revisão pública de 30 dias antes de poder ser efetivada.

Ao longo do último mês, Trump preocupou mercados e ignorou alertas de grupos industriais e de seu próprio Partido Republicano ao anunciar novas tarifas sobre exportações de grandes parceiros comerciais.

As tensões tinham se acalmado nos últimos dias. Investidores se animaram com as notícias de que Washington iniciou negociações para resolver as diferenças com União Europeia e China.

Mas em uma série de tuítes raivosos nessa semana, Trump repetiu ameaças para dar fim do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta). 

Canadenses, mexicanos e americanos estão atualmente em meio às negociações para reformular o tratado de 24 anos. Analistas preveem que as chances de alcançar um acordo antes das eleições no México e nos Estados Unidos são pequenas.

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