por Bruno Luiz
Geddel: antes, aliado; hoje, rejeitado | Foto: Max Haack/ Secom
Após ter o nome dos irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima envolvidos em escândalos de corrupção, o PMDB da Bahia, que até muito recentemente tinha a dupla como maiores lideranças, pode viver um processo de esvaziamento. De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, temerosos com suas situações político-eleitorais em 2018, pelo fato de estarem em um partido cuja imagem está bastante atrelada aos dois, deputados estaduais estão avaliando deixar a legenda em troca da renovação dos mandatos. E, segundo o apurado pela reportagem, nem mesmo o prefeito ACM Neto (DEM) quer o PMDB, até após a sigla ter trocado de nome para MDB, em seu palanque nas eleições para o governo do Estado. Nos bastidores circula a informação de que Neto julga que o desgaste criado pela situação dos irmãos poderá trazer prejuízos à imagem dele, enquanto travará uma disputa provavelmente acirrada com o governador Rui Costa pelo comando do Executivo estadual. Com isso, o prefeito de Salvador já trabalharia com a ideia de deixar o PMDB pelo caminho, sem uma vaga na chapa majoritária. Tendo este cenário em vista, o democrata se articula para minimizar os efeitos de perder um aliado com a estrutura e o tempo de televisão da sigla, fatores importantes em uma candidatura. E é aí que entram as tratativas de Neto para atrair PP e PR ao seu grupo político. Ao colocar tudo na ponta do lápis, o prefeito viu que, caso tenha as duas legendas ao seu lado, conseguiria praticamente o mesmo tempo de TV que obteria dos peemedebistas, além de aliados com boa estrutura partidária. Também se livraria do ônus de carregar Geddel e Lúcio nas costas.
Neste momento, os dois são mais fardos políticos do que bons companheiros. Para acomodar as legendas na majoritária, o grupo do gestor já teria convencido o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), a assumir a vice, enquanto as duas vagas para o Senado seriam de livre indicação de republicanos e progressistas. Jutahy Magalhães (PSDB), que não perde a oportunidade de se declarar postulante a um lugar na chapa para tentar ser senador, ficaria de fora. No entanto, com uma recompensa: será agraciado com um ministério, caso Geraldo Alckmin, que deve disputar a Presidência da República pelo PSDB, vença o pleito. No momento, atrair o PR seria algo mais provável, já que o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) vem articulando seu ingresso na sigla. Ao mesmo tempo, tentar fortalecer a legenda com quadros na Câmara e AL-BA. Assim, espera poder barganhar uma vaga na majoritária, tanto de Rui quanto de Neto, para o Senado. Como do lado do petista, a chapa está praticamente fechada (entenda aqui) – dificilmente o desenho mudará -, o deputado poderia encontrar guarida junto do democrata. No caso do PP, mesmo com as articulações nacionais envolvendo até o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o desembarque da base de Rui ainda é incerto. Conforme fontes do partido ouvidas pelo BN, os progressistas admitem que Maia se cacifou politicamente para disputar a Presidência, mas ainda não se viabilizou eleitoralmente. A densidade eleitoral dele vai influenciar na decisão, principalmente do âmbito Bahia, do PP permanecer, ou não, com Rui. Quanto aos deputados que estão querendo se desligar do PMDB, o futuro político deles pode ser, por exemplo, PP e PR, caso as articulações de Neto vinguem. Por outro lado, as especulações sobre o ingresso do vice-prefeito de Salvador Bruno Reis no DEM são cada vez maiores e há quem garanta, no grupo político do prefeito, que a saída dele do PMDB é inevitável. No entanto, não só o DEM pode ser o destino futuro dele. PP e PR também estariam no radar.
Neste momento, os dois são mais fardos políticos do que bons companheiros. Para acomodar as legendas na majoritária, o grupo do gestor já teria convencido o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), a assumir a vice, enquanto as duas vagas para o Senado seriam de livre indicação de republicanos e progressistas. Jutahy Magalhães (PSDB), que não perde a oportunidade de se declarar postulante a um lugar na chapa para tentar ser senador, ficaria de fora. No entanto, com uma recompensa: será agraciado com um ministério, caso Geraldo Alckmin, que deve disputar a Presidência da República pelo PSDB, vença o pleito. No momento, atrair o PR seria algo mais provável, já que o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) vem articulando seu ingresso na sigla. Ao mesmo tempo, tentar fortalecer a legenda com quadros na Câmara e AL-BA. Assim, espera poder barganhar uma vaga na majoritária, tanto de Rui quanto de Neto, para o Senado. Como do lado do petista, a chapa está praticamente fechada (entenda aqui) – dificilmente o desenho mudará -, o deputado poderia encontrar guarida junto do democrata. No caso do PP, mesmo com as articulações nacionais envolvendo até o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o desembarque da base de Rui ainda é incerto. Conforme fontes do partido ouvidas pelo BN, os progressistas admitem que Maia se cacifou politicamente para disputar a Presidência, mas ainda não se viabilizou eleitoralmente. A densidade eleitoral dele vai influenciar na decisão, principalmente do âmbito Bahia, do PP permanecer, ou não, com Rui. Quanto aos deputados que estão querendo se desligar do PMDB, o futuro político deles pode ser, por exemplo, PP e PR, caso as articulações de Neto vinguem. Por outro lado, as especulações sobre o ingresso do vice-prefeito de Salvador Bruno Reis no DEM são cada vez maiores e há quem garanta, no grupo político do prefeito, que a saída dele do PMDB é inevitável. No entanto, não só o DEM pode ser o destino futuro dele. PP e PR também estariam no radar.
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