Foto: Alex F
A existência de documentos que comprovam a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na sede da Odebrecht, no Rio de Janeiro, nos mesmos dias que o sistema de contabilidade de pagamentos ilícitos da empreiteira registra um repasse destinado ao seu pai, o vereador e ex-prefeito do Rio, César Maia (DEM-RJ), está sendo tratado com cautela pelo governo. “Como governo, eu não tenho como comentar isso. A pré-candidatura do Rodrigo Maia é algo que merece nosso respeito, mas só queremos tratar disso após a aprovação da reforma da previdência”, afirmou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Segundo informações do jornal O Globo, delatores da Odebrecht informaram à força-tarefa da Operação Lava Jato que Maia esteve na empreiteira para negociar caixa dois para a campanha do pai. Documentos aos quais a reportagem teve acesso, reúnem os registros de entrada das quatro vezes em que o parlamentar esteve na sede da construtora quatro vezes: foram uma a cada ano, entre 2010 e 2013. As visitas aconteceram para encontrar o então diretor-presidente da empresa, Benedicto Junior, que revelou em sua delação premiada que operou pagamentos ilícitos para Maia com os codinomes Botafogo e Déspota (este para César Maia). Para o líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), os indícios anexados à investigação são "bastante frágeis". O correligionário destacou ainda que o inquérito que investiga os repasses feitos por caixa dois deverá ser arquivado. BN
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