por Estadão Conteúdo
Centenas de palestinos tomaram as ruas da Faixa de Gaza na noite desta quarta-feira (6), em protesto contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. A cidade tem símbolos sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos. Os atos foram espontâneos e ocorreram em diversos pontos de Gaza. Os manifestantes queimaram bonecos simbolizando os Estados Unidos e carregavam cartazes contra o presidente Trump. Os militantes do Hamas convocou mais protestos nos próximos dias. O grupo islâmico controla Gaza e os EUA e a União Europeia o reconhecem como organização terrorista. Ao mesmo tempo, embaixadas e consulados dos Estados Unidos em todo o mundo emitiram comunicados alertando sobre a possibilidade de protestos violentos. Na Jordânia, que abriga uma grande população palestina, os EUA disseram que fechariam sua embaixada ao público na quinta-feira e pediram que os filhos de diplomatas fiquem em casa. Oito países que se opõem à decisão de Trump pediram ao Conselho de Segurança da ONU uma reunião de emergência sobre o tema ainda nesta semana. Bolívia, Egito, França, Itália, Senegal, Suécia, Reino Unido e Uruguai protocolaram o pedido, que foi encaminhado ao secretário-geral da ONU, António Guterres. Mais cedo, Guterres disse que "medidas unilaterais ameaçam a chance de paz entre Israel e palestinos", sem citar nominalmente a decisão dos EUA. Para o chefe da ONU, a questão da disputa territorial em Jerusalém deve ser resolvida por meio de negociações diretas entre israelenses e palestinos. "Não há alternativa a não ser dois Estados", disse.
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