Com a maconha mais acessível do nunca nos EUA, em 2017 pesquisadores norte-americanos tiveram a oportunidade de compreender melhor os efeitos da droga sobre a saúde. No entanto, embora tenhamos observado muitos avanços, isso não significa que compreendemos completamente a planta ou seus impactos em nossa vida.
A Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina lançou em janeiro deste ano um relatório apresentando os aspectos mais abrangentes e atualizados sobre o que sabemos sobre a Cannabis até agora. O relatório, que tem por trás todo um comitê composto pelas principais universidades do país, considerou mais de 10 mil estudos para a análise e conseguiu mais de 100 conclusões. Parte destas descobertas foram resumidas em uma lista pela Business Insider, que você confere abaixo:
1 – A curto-prazo, a maconha pode fazer seu coração bater mais rápido
Alguns minutos inalando a fumaça da maconha pode aumentar a frequência cardíaca 20 e 50 batimentos por minuto. Esta sensação pode durar entre 20 minutos e três horas, de acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Drogas.
Segundo o relatório das Academias Nacionais, não há evidências suficientes para apoiar ou refutar a ideia de que a Cannabis pode aumentar o risco geral de um ataque cardíaco. O mesmo relatório, no entanto, também encontrou algumas evidências limitadas de que o tabagismo poderia ser um gatilho para um ataque cardíaco.
2 – A maconha pode provocar efeitos sobre a pressão arterial
Em agosto deste ano, um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology sugeriu que usuários de maconha enfrentam um risco três vezes maior de morrer de pressão alta do que as pessoas que nunca fumaram. No entanto, o estudo veio com uma advertência importante: ele definiu como “usuário de maconha” qualquer pessoa que já experimentou a droga.
A mesma pesquisa sugere que esta ainda é uma suposição pobre – e que muitos elementos poderiam ter interferido nos resultados do estudo. De acordo com uma pesquisa mais recente, cerca de 52% dos norte-americanos já experimentaram maconha em algum ponto da vida, enquanto que apenas 14% usam a droga como medicamento pelo menos uma vez por mês.
Em contraponto, estudos, como um feito pela Clínica Mayo, descobriram que a Cannabis pode na verdade reduzir a pressão arterial. Logo, embora provavelmente haja uma ligação entre a maconha e pressão alta, ainda não há pesquisas suficientes para estabelecermos uma relação de causa e efeito.
3 – O uso de maconha afeta os pulmões, mas não parece aumentar o risco de câncer de pulmão
De acordo o relatório das Academias Nacionais, pessoas que fumam maconha regularmente são mais propensas a desenvolver bronquite crônica. Evidências sugerem que ao interromper o uso os sintomas são aliviados. No entanto, surpreendentemente, os autores afirmaram ter encontrado provas moderadas de que a Cannabis não estava relacionada a um risco aumentado de câncer de pulmão, cabeça ou pescoço.
4 – A maconha pode ajudar a aliviar alguns tipos de dores
A maconha contém Cannabidiol (CBD), um produto químico que é pensado ser responsável por muitos dos efeitos terapêuticos da erva, incluindo alívio da dor ou tratamento potencial para certos tipos de epilepsia infantil. O relatório das Academias Nacionais encontrou evidências conclusivas ou substanciais de que a Cannabis pode ser um tratamento eficaz para a dor crônica, o que poderia ter a ver com CBD e THC – ingrediente psicoativo na maconha.
5 – A maconha não pode ser definida domo “porta de entrada” para outras drogas
Em setembro deste ano, um estudo publicado no Journal of American Medical Directors Associationsugeriu que a maconha poderia impedir as pessoas de evoluir para o uso de drogas mais pesados. O estudo, realizado em um período de cinco anos, envolveu 125 participantes, todos os quais diagnosticados com dor crônica.
Os pesquisadores descobriram que um terço dos participantes que usavam maconha para tratar a dor crônica parou de tomar medicamentos prescritos. Eles sugeriram que o acesso legal à Cannabis poderia reduzir o uso de medicamentos prescritos mais perigosos em determinadas populações de pacientes.
6 – A maconha pode aumentar o fluxo sanguíneo cerebral e proteger o cérebro de AVC
Em um estudo publicado em agosto na revista Neuropsychopharmacology pesquisadores sugeriram que os usuários da droga poderiam ter um risco muito reduzido de acidente vascular cerebral. Enquanto isso, pesquisadores da Universidade do Texas descobriram que os usuários crônicos têm um maior fluxo sanguíneo no cérebro e extraem mais oxigênio deste fluxo do que os não usuários. O THC é conhecido por relaxar os vasos sanguíneos, o que efetivamente reduz o risco de acidente vascular cerebral e coágulos sanguíneos.
No entanto, os pesquisadores enfatizaram que os resultados do estudo foram baseados em uma amostra pequena, de 200 participantes. VEJA MAIS 5 FATOS SOBRE A MACONHA AQUI
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