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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PF usou sete máquinas e levou 14 horas para contar R$ 51 milhões do bunker de Geddel

Maior apreensão de dinheiro vivo do país
Julia Affonso e Fábio Serapião*São Paulo
A Polícia Federal usou sete máquinas para contar os R$ 51 milhões apreendidos no bunker que seria do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). A conferência da dinheirama atribuída a Geddel levou 14 horas para terminar --atravessou praticamente toda a terça-feira (5) e invadiu o início da madrugada desta quarta-feira (6).

Foram apreendidos incríveis R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será depositado em uma conta judicial. É a maior apreensão de dinheiro vivo no país. O valor em dólar foi convertido para real e chegou a R$ 8.387.366,40. Foi usada a cotação de venda desta segunda-feira pelo BC (US$ 1 dólar = R$ 3,1203).

Divulgação
Malas de dinheiro em endereço atribuído a Geddel Vieira Lima em Salvador
O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal na manhã desta terça na Operação Tesouro Perdido, nova fase da Cui Bonno?. A ação fez buscas em um imóvel em Salvador e foi autorizada pela 10.ª Vara Federal de Brasília.

A Tesouro Perdido mirou no local apontado como bunker do ex-ministro. O apartamento seria usado para armazenagem de dinheiro em espécie.

Divulgação/PF
Contagem do dinheiro encontrado pela PF aponta R$ 42,6 milhões e US$ 2,6 milhões ligados ao político
Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel "estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência".

Geddel está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica, que estão em falta na Bahia. O ex-ministro foi preso em 3 de julho e mandado para casa em 12 de julho. A investigação é conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu, entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.

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